O mototaxista Marçonglei Ferreira, de 43 anos, concedeu uma entrevista crucial pouco antes do trágico desabamento da ponte que conecta os estados do Maranhão e Tocantins. Ele conversou com o vereador de Aguiarnópolis (TO) que registrou o momento em que o asfalto da ponte começou a rachar. Infelizmente, o corpo de Marçonglei foi encontrado na sexta-feira (3) e foi sepultado no domingo (5) em Nazaré (TO). Até o momento, três pessoas ainda estão desaparecidas em decorrência do acidente.
Marçonglei estava retornando para Estreito (MA) após deixar um passageiro em Aguiarnópolis quando a tragédia ocorreu. O vereador Elias Júnior registrou em vídeo o momento exato em que o asfalto rachou e a ponte desabou. As imagens divulgadas nas redes sociais impactaram a todos que acompanharam essa história. O desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira causou a morte de várias pessoas e levou à interdição completa da passagem.
O desastre acarretou em 14 óbitos confirmados até o momento, com três pessoas ainda desaparecidas, de acordo com a Marinha do Brasil. Dentre as vítimas localizadas e resgatadas, nomes como Lorena Ribeiro Rodrigues, Lorranny Sidrone de Jesus, Kécio Francisco Santos Lopes, Andreia Maria de Souza, Anisio Padilha Soares, Silvana dos Santos Rocha Soares, Elisangela Santos das Chagas, Rosimarina da Silva Carvalho, Alison Gomes Carneiro, Cássia de Sousa Tavares, Cecília Tavares Rodrigues e Beroaldo dos Santos.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que o desabamento se deu devido ao vão central da ponte ceder, e as investigações sobre a causa do colapso estão em andamento. Para reconstruir a ponte, um consórcio foi contratado com um investimento de quase R$ 172 milhões, visando terminar a obra até o dia 22 de dezembro de 2025. A situação de emergência decretada pelas autoridades locais evidencia a necessidade de apoio técnico e financeiro para lidar com as consequências do acidente.
A Marinha divulgou imagens dos tanques que caíram no rio Tocantins, transportando substâncias químicas perigosas. Apesar do risco de vazamento, as autoridades afirmaram que o meio ambiente não foi contaminado significativamente. Análises da qualidade da água continuam sendo realizadas para monitorar qualquer alteração. A força-tarefa formada para identificar as vítimas e lidar com os produtos químicos depositados no fundo do rio mantém a atenção e cautela nas operações diárias. O risco é considerado baixo, mas a remoção dos resíduos é prioridade para prevenir danos maiores.