Entrevista: saiba como o turismo está voltando aos poucos em Goiás

O Diário do Estado entrevistou nesta terça-feira o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral. Em ocasião da volta da abertura dos parques estaduais, Fabrício falou com o repórter Breno Magalhães sobre a dificuldade trazida por estes tempos de pandemia, para o turismo do estado. “Foi um grande baque, porque (muitas) pessoas precisavam do turismo para sobreviver”.

Relembrando dos prejuízos, o presidente contou: “Ficamos mais de 150 dias (fechados), Caldas Novas foi o primeiro lugar. É impossível uma empresa suportar uma carga dessa”, comentou. “Tivemos (também) que cancelar a temporada no Araguaia, um grande baque”.

Mas agora, depois de tantos problemas econômicos causados pelo fechamento dos pontos turísticos, a situação começa a caminhar para um desfecho. “Caldas Novas foi o primeiro a sinalizar retorno; Alto Paraíso também sinalizou e Pirenópolis volta essa semana”, anuncia com entusiamo.

Fabrício garante que as viagens aéreas também foram bastante afetadas em Goiás, mas que está surpreso com as expectativas da volta. “Fiquei muito feliz ontem, que diante dessa situação que eu estou te passando, o crescimento de voos está em escalas promissoras. Nos últimos 3 meses subiu 160% a procura de voos”, comemorou. Mas se comparado com 2019, ainda á muito baixo, segundo o entrevistado.

Amaral também explica que a expectativa dos políticos e dos empresários é que “infelizmente o turismo não volte como gostaríamos”, então, a cada dia, a cada semana, diálogos, reuniões e avaliações estão sendo feitas para descobrir o rumo que o turismo goiano deve tomar, daqui para frente.

Para saber muito mais detalhes da volta das atividades turísticas em Goiás, assista a entrevista na íntegra:

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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