Equipes de resgate mantêm buscas após naufrágio no Pará; 20 mortes foram confirmadas

Equipes de resgate mantêm buscas após naufrágio no Pará; 20 mortes foram confirmadas

O número de mortos após o naufrágio de um barco clandestino em Belém, no Pará, chegou a 20, sendo três delas crianças. Equipes de resgate formadas por Marinha, bombeiros e outras forças de segurança entram no quarto dia de buscas neste domingo, 11, mas ainda não se sabe o total de passageiros que viajavam na embarcação. Até o momento, há 65 ocupantes sobreviventes.

Autoridades locais informaram que o barco não tinha autorização para transporte intermunicipal de pessoas, por isso não havia lista oficial de passageiros. O trabalho de resgate está sendo baseado no relato das famílias, principalmente de marajoara. O ponto de partida da lancha foi na Ilha do Marajó, distante cerca de 90 quilômetros da capital paraense. 

A Polícia já ouviu alguns passageiros para ajudar a tentar descobrir a causa do acidente e localizar os responsáveis pela lancha, que estavam no barco e sobreviveram. A empresa já teria sido notificada três vezes, sendo a última no mês passado, pela Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa).

A força-tarefa para encontrar as vítimas inclui nove embarcações dos órgãos de segurança do Pará e um helicóptero do Grupamento Aéreo local, dois barcos e uma aeronave da Marinha do Brasil. Os familiares estão sendo orientados a procurar o Grupamento Fluvial em Belém para serem atendidos por equipe multidisciplinar que fornece informações, serviços essenciais, assistência pisco-social ou qualquer outra necessidade urgente.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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