O número de mortos após o naufrágio de um barco clandestino em Belém, no Pará, chegou a 20, sendo três delas crianças. Equipes de resgate formadas por Marinha, bombeiros e outras forças de segurança entram no quarto dia de buscas neste domingo, 11, mas ainda não se sabe o total de passageiros que viajavam na embarcação. Até o momento, há 65 ocupantes sobreviventes.
Autoridades locais informaram que o barco não tinha autorização para transporte intermunicipal de pessoas, por isso não havia lista oficial de passageiros. O trabalho de resgate está sendo baseado no relato das famílias, principalmente de marajoara. O ponto de partida da lancha foi na Ilha do Marajó, distante cerca de 90 quilômetros da capital paraense.
A Polícia já ouviu alguns passageiros para ajudar a tentar descobrir a causa do acidente e localizar os responsáveis pela lancha, que estavam no barco e sobreviveram. A empresa já teria sido notificada três vezes, sendo a última no mês passado, pela Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa).
A força-tarefa para encontrar as vítimas inclui nove embarcações dos órgãos de segurança do Pará e um helicóptero do Grupamento Aéreo local, dois barcos e uma aeronave da Marinha do Brasil. Os familiares estão sendo orientados a procurar o Grupamento Fluvial em Belém para serem atendidos por equipe multidisciplinar que fornece informações, serviços essenciais, assistência pisco-social ou qualquer outra necessidade urgente.