Equipes do Ministério dos Direitos Humanos vão ao Cemitério de Ricardo de Albuquerque em busca de desaparecidos políticos da Ditadura Militar

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As equipes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania estão se preparando para uma visita ao Cemitério de Ricardo de Albuquerque, no Rio de Janeiro, com o objetivo de identificar desaparecidos políticos da Ditadura Militar. A diligência está agendada para esta quarta-feira (21) e faz parte da agenda da pasta na cidade ao longo da semana. O propósito é fazer um diagnóstico das condições dos restos mortais para tentar identificar pelo menos 15 vítimas que foram enterradas no local durante o período da ditadura.

Esta ação no cemitério é parte de um levantamento contínuo de informações e indicação de possíveis locais onde os corpos de desaparecidos políticos foram enterrados, ocultados ou destruídos, iniciado em 2017. Serão coletadas amostras para realização de exames de DNA. Estarão presentes na diligência integrantes da Equipe de Identificação de Mortos e Desaparecidos Políticos e da Coordenação-Geral de Políticas de Memória e Verdade, vinculadas ao ministério federal.

Desde 2024, o Cemitério de Ricardo de Albuquerque é considerado um local prioritário para o ministério, por ser um ponto ligado ao período de repressão. No espaço, encontra-se o Monumento Tortura Nunca Mais, erguido onde anteriormente havia uma vala com ossadas de vítimas, misturadas a restos mortais de mais de 2 mil pessoas sepultadas como indigentes nos anos 1970.

A agenda da pasta no Rio inclui ainda uma audiência pública no Auditório do Arquivo Nacional, no centro da cidade, na quinta-feira, para promover um diálogo sobre os trabalhos da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Posteriormente, uma cerimônia irá entregar certidões de óbito retificadas a familiares das vítimas da Ditadura, com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo. Na sexta-feira, também no Arquivo Nacional, ocorrerá a 4ª Reunião Ordinária da CEMDP.

Essas ações estão inseridas no contexto de retomada de atividades da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, reinstalada em 2024. A diligência no Cemitério de Ricardo de Albuquerque visa contribuir para a verdade, memória e justiça em relação aos desaparecidos políticos da Ditadura, proporcionando um passo importante na busca por respostas e reparação às famílias das vítimas.

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