Equipes policiais realizam perícia no local onde uma mulher caiu do Eixo Anhanguera

Após a morte da estudante Leidiane Teixeira, de 28 anos, equipes da Polícia Civil (PC) e Polícia Técnico-Científica realizaram uma perícia neste domingo, 21, no local onde ocorreu o acidente, no Setor Novo Mundo, em Goiânia. O objetivo é descobrir a velocidade usada pelo motorista do ônibus Eixo Anhanguera na curva onde a porta se abriu e a mulher se desequilibrou.

O laudo pericial deve apontar se houve imprudência, por parte do motorista, como por exemplo, se o ônibus trafegava acima da velocidade permitida na via.

Foram feitas medições e análise do local e da trajetória do ônibus nos últimos metros antes da queda da estudante. Além disso, os peritos fotografaram o trecho do acidente. O trabalho contou com o apoio de agentes de trânsito para desviar o fluxo de veículos para as faixas laterais e liberar a pista exclusiva do Eixo.

Ainda durante esta semana será feita outra perícia no ônibus, para verificar se houve falha no travamento da porta, que, de acordo com a Metrobus, estava fechada, mas se abriu após “sofrer um grande impacto.”

Mulher morre após cair do Eixo Anhanguera

O acidente ocorreu na tarde da última quarta-feira, 17, quando a estudante estava levando uma marmita para o esposo, e se desequilibrou após a porta do ônibus da Linha Eixo Anhanguera abrir sozinha, com o veículo ainda em movimento.

Na ocasião, o motorista do transporte coletivo parou o veículo e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu). Assustados, os passageiros desceram e prestaram socorro à vítima até que a equipe chegasse.

Leidiane foi encaminhada para o Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), onde veio a óbito na manhã de quinta-feira, 18.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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