Erro hospitalar causa troca de corpos em velório: Amiga alerta família sobre engano fatal

Amiga alertou família sobre velório de idosa trocada por erro de hospital; ‘Cheguei perto e vi que não era ela’, diz

Corpo de Neide Basso foi enviado à família de Neide Rossi, que segue internada na Santa Casa de Ribeirão Preto, SP. Família da idosa morta só descobriu falecimento 24 horas depois ao chegar para visita.

Um grave erro de comunicação terminou com o velório de uma mulher que ainda está viva. Ao chegar para velar a amiga Neide Rossi no último domingo (1) em Cravinhos (SP), a aposentada Odete Oliveira dos Santos tomou um susto. Ela percebeu que o corpo que estava no caixão não era o da vizinha que conhece há mais de 50 anos, mas sim o de outra pessoa.

“Inquieta, Odete procurou um funcionário da funerária e avisou-o sobre um suposto erro. Foi neste momento que eles conferiram o atestado de óbito e a documentação e confirmaram que a Santa Casa de Ribeirão Preto (SP) havia liberado o corpo de uma paciente chamada Neide Basso, moradora de Pontal (SP).

Neide Basso, de 81 anos, morreu no sábado (30) em razão de uma infecção urinária, enquanto que Neide Rossi, de 73 anos, segue internada na Santa Casa para tratar uma pneumonia. De acordo com Gilberto Boldrin, funcionário da funerária, o erro partiu da Santa Casa.

Enquanto a família de Neide Rossi descobria que a idosa estava viva, uma família de Pontal só tomou conhecimento da morte de Neide Basso 24 horas após o falecimento. O jornalista Daniel Basso, irmão dela, estava a caminho da Santa Casa para a visita, quando recebeu o telefonema de um sobrinho, que já estava no hospital, dizendo que tinha sido informado que Neide tinha morrido há um dia.

A família de Neide Basso registrou um boletim de ocorrência. Procurada, a Santa Casa de Ribeirão admitiu o erro. O hospital informou, em nota, que ocorreu uma inconsistência na comunicação com as famílias e disse que presta sua solidariedade aos familiares. A instituição reforça seu compromisso e se coloca à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos à família, oferecendo todo o acolhimento necessário, suporte e assistência. Ainda segundo a Santa Casa, uma análise interna detalhada foi iniciada para a apuração dos fatos.

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Tradição de Natal: Família de Itapetininga prepara ravioli um mês antes.

Família do interior prepara prato principal do almoço de Natal com um mês de
antecedência

Em Itapetininga (SP), há 60 anos a família Mazzarino se reúne para celebrar o
almoço de Natal com uma receita tradicional da Itália: o ravioli. Mas, para dar
conta da quantidade a produção começa um mês antes.

Família de Itapetininga mantém tradição de Natal em almoço especial

Em Itapetininga (SP), o Natal tem um sabor especial na casa da família Mazzarino. Há mais de 60 anos, a ceia natalina é marcada pela tradição de preparar ravioli, um prato que une gerações e que começa a ser preparado em novembro, um mês antes do almoço tradicional do dia 25 de dezembro.

Maria Angela Mazzarino Adas, aposentada, relembra o início da tradição ao lado do pai. “Meu pai virava o cilindro e eu acompanhava tudo desde os meus sete anos. Era uma festa: conversa daqui, histórias antigas dali, uma bagunça boa, com todo mundo participando”, conta.

A confecção do prato começou a crescer junto com a família, como relembra Inez dos Santos Mazzarino de Oliveira, também aposentada. “No início, tudo era feito na véspera do Natal, com meu pai liderando os preparativos. Mesmo depois que ele e minha mãe se foram, seguimos com a tradição. Agora, é algo que une ainda mais nossa família.”

O prato, que veio da Itália, carrega a história da família. “O ravioli era comida de ceia de festa para minha avó. Minha mãe aprendeu com ela e passou o conhecimento para as noras. Hoje, ele representa nossa identidade familiar”, explica Maria Margarida Mazzarino.

Inicialmente, a receita era preparada apenas com recheio de carne moída. Mas, com o passar dos anos, a família adaptou o prato para atender todos os gostos. “Atualmente, temos uma opção de recheio de palmito para os veganos”, comenta Regina Mazzarino.

Paulo Roberto Mazzarino destaca a importância de envolver as novas gerações. “Antes, as crianças apenas observavam o preparo. Hoje, ensinamos para elas. Temos aqui cinco ou seis crianças que já estão aprendendo e levarão essa tradição adiante.”

O aumento no número de integrantes da família levou a uma mudança nos preparativos. Se antes o prato era feito na véspera, agora as quatro irmãs da família organizam tudo com antecedência, reunindo todos em novembro para preparar a massa e os recheios.

Para a família Mazzarino, o ravioli é mais do que um alimento. “Sem ele, não é Natal”, conclui Maria Margarida.

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