Escândalo de mineração em Minas Gerais: vídeos exclusivos revelam esquema bilionário. Empresários e políticos investigados por danos ambientais e corrupção.

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Fiscais corruptos: vídeos e documentos exclusivos revelam detalhes de um esquema de mineração bilionário em Minas Gerais. Empresários, servidores públicos e políticos estão entre os investigados, acusados de explorar áreas protegidas e causar graves danos ambientais em troca de propina.

Uma semana de denúncias trouxe à tona um esquema de corrupção e mineração ilegal que movimentou bilhões de reais em Minas Gerais. Empresários, servidores públicos e políticos estão entre os investigados, acusados de explorar áreas protegidas e causar danos ambientais em troca de propina. O programa Fantástico obteve vídeos e documentos que revelam detalhes desse esquema.

Em um dos áudios vazados, Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como líder da quadrilha, faz uma ironia sobre a quantidade de resíduos gerados pela mineração, afirmando: “Dá para colocar piso em Belo Horizonte toda”. Enquanto isso, moradores da comunidade de Botafogo, em Ouro Preto, sofrem com a escassez de água provocada pela atividade de mineração na região.

A empresa responsável pela extração de minério, ligada aos investigados, transformou a paisagem de uma área considerada patrimônio da humanidade, chegando até a soterrar uma das grutas da Serra de Ouro Preto. Três homens foram identificados como líderes do esquema: Alan Cavalcante do Nascimento, João Alberto Paixão Lages e Helder Adriano de Freitas, especialista em mineração.

A investigação revelou que o grupo se aproximava de membros do poder público para obter vantagens ilícitas. Além disso, a empresa que processava o minério movimentou cifras bilionárias em cinco anos. Servidores públicos, como diretores da Agência Nacional de Mineração e da Fundação Estadual de Meio Ambiente, foram presos por favorecerem os negócios da organização criminosa.

Os três líderes do esquema foram transferidos para um presídio federal de segurança máxima em Campo Grande, marcando a primeira vez que presos por crimes ambientais são encaminhados para uma penitenciária federal. Após a operação que desmantelou o esquema, a exploração da Serra de Botafogo foi interrompida, e especialistas alertam para a urgência de recuperar as áreas degradadas pelo crime ambiental. A justiça está agindo e a população espera por justiça e preservação do meio ambiente.

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