Escola Municipal de Goiânia desenvolve projeto sustentável

Com instalação de usina de energia solar instituição atende 7% do seu consumo total

Os 450 alunos da Escola Municipal Osterno Potenciano e Silva, no Setor Castelo Branco, em Goiânia, terão uma aula diferente nessa sexta-feira (15), ás 9 e 15 horas. A instituição recebe a visita do engenheiro Alfredo Conti Ribeiro e equipe técnica de profissionais, que explicará aos estudantes o funcionamento da usina geradora de energia solar instalada desde outubro no telhado da escola.

A instalação da usina integra o projeto “Energia Solar” e tem como objetivos economizar energia, desenvolver a consciência ambiental e promover a sustentabilidade. A usina geradora de energia solar é composta por seis módulos fotovoltaicos de 265 Watts e seis micro inversores de 250 Watts, que atendem 7% do consumo total da escola, mas a tecnologia permite que o sistema seja ampliado de forma modular.

O engenheiro responsável pelo projeto na escola, Alfredo Conti Ribeiro, explica que a usina foi projetada para produzir 230 Kwhoras/mês. “Isso gera uma economia mensal de aproximadamente 170 reais e uma economia anual de 2.040 reais. Além de evitar a emissão de 600 kg de dióxido de carbono (CO2), que representa o plantio de seis árvores adultas por ano (cada árvore retira da atmosfera 130 kg de CO2 por ano)”, ressalta.

Os recursos financeiros foram disponibilizados por verba do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)-Escolas Sustentáveis, uma das ações feitas pelo Ministério da Educação, voltadas à implementação da Política Nacional de Educação Ambiental. A verba foi destinada a escolas públicas para promover a sustentabilidade socioambiental e tornar o espaço escolar agente transformador da realidade.

Segundo a diretora da escola, Patrícia Marinho, para receber a verba as escolas deveriam escolher um tema e desenvolver um plano de ação. “Optamos pelo tema energia solar, por ser uma forma limpa de geração de energia elétrica, uma peça fundamental na luta contra as mudanças climáticas e a esperança de um futuro mais sustentável”, destaca.

A verba disponibilizada em setembro de 2016 foi reprogramada para ser gasta em 2017. “Tivemos algumas dificuldades em encontrar uma empresa que suprisse as necessidades com a verba disponível. Neste ano, fizemos uma parceria com uma empresa que cuidou de todo o dimensionamento, projeto, aprovação junto à concessionária, fornecimento dos equipamentos, teste e acompanhamento da geração de energia solar”, completa Patrícia.

Isabel Oliveira

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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