Escola suspende aulas presenciais após conflitos entre grupos criminosos na região do Papicu, em Fortaleza
Na região do Papicu, em Fortaleza, uma escola municipal teve suas aulas presenciais suspensas no dia 27 de agosto, devido ao cenário de conflitos entre grupos criminosos atuantes na área. O início da semana foi marcado por uma casa incendiada e por um ataque a uma viatura, o que contribuiu para a decisão de interromper as atividades na escola Professora Maria Gondim dos Santos.
A Secretaria Municipal da Educação não identificou ameaças diretas à escola ou aos alunos, mas, devido à instabilidade no ambiente escolar, optou por recomendar estudos domiciliares no dia 27 de agosto. Para garantir a segurança, equipes da Inspetoria de Segurança Escolar da Guarda Municipal de Fortaleza e da Polícia Militar estão presentes na região, por meio do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (COPAC).
Segundo um morador local, as aulas foram suspensas desde o dia 26 de agosto, como medida de proteção aos alunos e funcionários da escola. O clima de instabilidade gerado pelo conflito entre facções tem impactado não apenas a rotina escolar, mas também o funcionamento do comércio e a livre circulação das pessoas pelo bairro. O pedido por apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal é enfatizado para garantir a segurança na região.
A suspensão das aulas na terça-feira, a previsão de retorno das atividades e possíveis impactos em outras unidades escolares da região ainda não foram confirmados pela Secretaria Municipal da Educação. Vale ressaltar que a comunidade do Papicu tem sido palco de incidentes, como o incêndio em uma residência do bairro Vicente Pinzón e o ataque a uma viatura da Polícia Militar estacionada no bairro Serviluz.
Diante do cenário de conflitos, a Secretaria da Segurança Pública está atuando para controlar a situação na região do Papicu, com ações coordenadas pelos grupos de segurança locais. O Grupo de Segurança Escolar, Policiamento Ostensivo Geral, Força Tática e o CPRaio intensificaram o patrulhamento na área, com o objetivo de garantir a segurança da comunidade e a normalidade nas atividades escolares.
Os esforços das autoridades locais resultaram na prisão de 109 pessoas e na apreensão de 55 armas de fogo no período entre 1º de julho e 26 de agosto. As investigações dos casos na região do Papicu são acompanhadas de perto pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pelo 15º Distrito Policial, visando combater as ações criminosas e garantir a segurança da população local.