Escola vira palco de briga generalizada durante palestra da GCM, em Goiânia

A Escola Municipal Orlando de Moraes, em Goiânia, foi palco de uma briga generalizada entre 40 alunos, com idades de aproximadamente 14 anos, nesta segunda-feira (2). A unidade escolar é conhecida por registrar brigas corriqueiras entre estudantes na saída das aulas. As informações são da própria Guarda Civil Metropolita de Goiânia (GCM) que, muitas vezes, acaba sendo chamada para apartar as confusões. A última, nesta segunda-feira (2), acabou finalizando em borrifação de spray de pimenta e convocação de pais.

Conforme a GCM, cerca de dez adolescentes que estavam envolvidos na briga passaram mal, depois que os integrantes usaram spray de pimenta dentro da unidade para controlar a confusão. O pais dos alunos compareceram no local depois de tomar conhecimento sobre o caso. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foram acionados para atenderem os alunos atingidos pelo produto

“A escola fica em uma região mais afastada e vinha tendo muitos relatos de brigas entre alunos e assaltos. A nossa equipe foi convidada pela diretora para dar uma palestra, onde iriamos explicar que esse tipo de conduta era errada. Porém, alguns alunos não gostaram da nossa presença. Em determinado momento, eles começaram uma briga dentro do banheiro que foi rapidamente foi controlada pelos guardas. No entanto, logo depois começaram uma nova confusão na quadra, que era o local onde estava acontecendo a palestra. Entretanto, dessa vez tinha cerca de 30 a 40 alunos e apenas cinco GCMs”, explicou o guarda municipal , Janilson Saldanha.

Saldanha explica que os guardas precisaram usar o spray por não conseguirem controlar tantos alunos e por medo de que eles se machucassem durante a briga. Nesta manhã, inclusive, dois guardas foram ao local para advertir os alunos.

“Eles estavam no meio de 110 alunos, o risco de alguém se machucar era grande. Porém, não usamos o spray diretamente neles, jogamos no chão. Os bombeiros estiveram presentes e atenderam os alunos na própria escola. A gente conversou com os pais sobre o ocorrido e eles acabaram entendendo a nossa situação”, concluiu.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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