Escritório de líder do governo, Ricardo Barros, é alvo de buscas

Escritório de líder do governo, Ricardo Barros, é alvo de buscas

A Polícia Civil cumpre nesta quarta-feira, 16, um mandado de busca e apreensão no escritório do deputado federal Ricardo Barros, líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, em Maringá, no estado do Paraná. A ação faz parte de uma operação do Ministério Público do Paraná (MP).

As apurações indicam que Barros estaria envolvido em um esquema sobre contratos no setor de energia entre 2011 e 2014. Em nota, a assessoria do deputado diz que Barros “está tranquilo e em total colaboração com as investigações”. A nota informa ainda que o parlamentar “solicitou acesso aos autos do processo para prestar mais esclarecimentos à sociedade e iniciar sua defesa. Ricardo Barros, relator da Lei de Abuso de Autoridade, repudia o ativismo político do judiciário”.

O parlamentar assumiu a liderança do governo Bolsonaro em agosto. Barros também foi ministro da Saúde durante o governo de Michel Temer e foi prefeito de Maringá entre 1989 e 1993. O deputado cumpre o seu sexto mandato na Câmara.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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