Esmeralda avaliada em R$ 1 bilhão é leiloada por R$ 50 milhões em Salvador: grupo árabe faz lance condicional.

Por falta de lances, uma esmeralda avaliada em R$ 1 bilhão foi leiloada por R$ 50 milhões em Salvador. A pedra preciosa de 69 kg foi encontrada em Pindobaçu e leiloada nesta quarta-feira (11), em um evento que chamou a atenção pela diferença entre o valor avaliado e o valor efetivamente pago. O valor final corresponde a 5% do valor inicialmente estipulado, o que representa uma grande discrepância.

A esmeralda foi leiloada em Salvador e acabou sendo adquirida por um grupo árabe, que fez um lance condicional para adquirir a pedra preciosa. De acordo com a advogada que gerenciou o leilão, Cláudia Medrado, a falta de lances foi o principal motivo que levou ao valor baixo alcançado no leilão. O grupo agora possui duas condições para finalizar a compra: conhecer a esmeralda pessoalmente e realizar uma avaliação com um gemólogo indicado pelo próprio grupo.

Quando comparada com outras esmeraldas encontradas na região de Pindobaçu, a pedra leiloada em Salvador teve um preço bem mais baixo. Em maio deste ano, por exemplo, uma esmeralda de 137 quilos foi arrematada por R$ 175 milhões em um leilão da Receita Federal. A esmeralda leiloada esta semana possui características únicas, como uma coloração verde-musgo e dimensões de 60 cm de altura, 20 cm de largura e 20 cm de profundidade.

É importante ressaltar que a esmeralda em questão não está lapidada, ou seja, encontra-se em seu estado natural, como foi encontrada na mina. O processo de lapidação é fundamental para transformar a pedra preciosa em joias como colares e anéis. A expectativa é que o grupo árabe conclua a compra da esmeralda nas condições estabelecidas, aguardando apenas a visita ao local para a avaliação final.

Essa reportagem sobre o leilão da esmeralda em Salvador está sujeita a atualizações e novas informações podem surgir. Fique por dentro de mais notícias do estado acessando o noticiário local DE Baía. Acompanhe também os vídeos do G1 e TV Bahia para ficar por dentro das últimas notícias e acontecimentos da região.

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Operação Lei Para Todos: DE denunciado por esquema milionário do jogo do bicho na Bahia – Justiça bloqueia R$160 milhões

DE envolvido em esquema que movimentou R$ 5 bilhões com jogo do bicho é
denunciado na Bahia

Suspeitos aparecem vinculados a uma rede de jogos de azar autointitulada
‘Paratodos’, que atua há décadas no estado. Mais de R$ 160 milhões foram
bloqueados pela Justiça.

1 de 1 Sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA) no CAB, em Salvador — Foto:
MP-BA

Uma operação deflagrada nesta quarta-feira (18), na Bahia, mirou envolvidos em
um esquema que usou o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis para movimentar
cerca de R$ 5 bilhões no estado. Um grupo com 14 pessoas foi denunciado pelo
Ministério Público (MP-BA) por lavagem de dinheiro.

Segundo o órgão, os envolvidos aparecem como sócios de 23 empresas que serviram
de fachada para o crime, entre 2010 e 2020. O esquema tinha envolvimento com a
rede de jogos de azar autointitulada “Paratodos”, que atua há décadas na Bahia.
Até então, mais de R$ 160 milhões foram bloqueados pela Justiça.

As investigações mostram que parte das empresas funcionava para inserir o
dinheiro do jogo do bicho e da exploração de máquinas caça-níqueis na economia
formal. Já a outra parte, tinha como objetivo a blindagem patrimonial, por meio
da mescla dos recursos ilícitos com recursos lícitos, obtidos com a exploração
de atividades econômicas formais.

Ainda conforme apontou o MP-BA, as apurações, que contaram com quebra dos
sigilos bancário e fiscal dos denunciados, apontam um aumento patrimonial
significativa dos envolvidos, chegando a saltar, em um dos casos, de R$ 9
milhões para mais de R$ 65 milhões em nove anos.

Os denunciados foram identificados como:

* Adilson Santana Passos
* Adilson Santana Passos Júnior
* Augusto César Requião da Silva
* Frederico Pedreira Luz
* Joana Mascarenhas Requião da Silva
* João Carlos Pinto
* José Geraldo de Sousa Almeida
* José Fernando de Carvalho Júnior
* José Luiz de Oliveira Simões
* Júlio Vinícius Reis Almeida
* Leandro Reis Almeida
* Leonardo Reis Almeida
* Marcos Augusto Pinto
* Maria Teresa Carvalho Luz

DE tenta localizar os envolvidos.

Apesar da “Operação Lei Para Todos” ter sido deflagrada pelo Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) somente nesta
quarta-feira, os bloqueios e as denúncias tinham sido definidos desde o dia 9 de
dezembro. Já foram sequestrados judicialmente:

* 91 veículos, com um valor total estimado de R$ 13 milhões
* 58 imóveis, os quais, somados, chegam ao total de aproximadamente R$ 55
milhões
* R$ 92,8 milhões foram bloqueados em contas bancárias

Além disso, conforme pontuou o MP-BA, ainda foram expedidos ofícios para a
apreensão de 13 lanchas, três motos aquáticas, um iate e 18 aeronaves. Os
valores dos bens não foram detalhados para a reportagem.

OPERAÇÃO DO ESQUEMA

O esquema seria operado a partir de três núcleos: do jogo do bicho, das máquinas
caça-níqueis e do bicho eletrônico, liderados por Adilson Santana Passos Júnior
e Leandro Reis Almeida, que são filhos e sucessores dos fundadores da
“Paratodos”, identificados como Adilson Passos e José Geraldo.

Além deles, também aparecem como chefes na investigação Augusto César Requião da
Silva, Maria Tereza Carvalho Luz e Frederico Pedreira Luz, segundo detalhou o
MP-BA.

Cada núcleo era responsável por um ramo:

* O primeiro núcleo controlava o tradicional e ilícito jogo do bicho na Bahia;
* O segundo fazia a exploração das máquinas caça-níqueis, inclusive com a
prática de contrabando das peças utilizadas nas máquinas;
* O terceiro núcleo era responsável por modernizar o jogo do bicho com o
sistema eletrônico de apostas (“bicho eletrônico”), principalmente por
intermédio da empresa Projeta Tecnologias e Projetos Ltda.

A investigação aponta Augusto César como “patrono” do jogo no estado e ele
aparece, junto com José Luiz de Oliveira Simões, outro denunciado, como sócio da
empresa OM Recreativo Administração e Locação Ltda.

O MP-BA aponta que a instituição funcionou como “fortaleza do jogo bicho”, no
bairro da Liberdade, em Salvador, sendo transferida
posteriormente para Pituaçu, também na capital baiana. Nos dois locais, eles
contavam “com forte esquema de segurança, com muros elevados, câmeras e vigias
armados”.

A investigação mostra ainda que a sigla OM apareceu nas máquinas caça-níqueis
identificadas durante as investigações.

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