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Luiz Carlos Teixeira Bahia, de 78 anos, é descendente de Lívia Teixeira Bahia, única filha mulher de Pedro Ludovico e de Dona Gercina, esposa do político
Conhecida como a capital mais verde do Brasil, Goiânia quase foi batizada de “Petrônia”, em homenagem ao fundador da cidade, Pedro Ludovico Teixeira. Em 1933, um jornal local realizou um concurso cultural com seus leitores para o batismo da nova cidade. Dois nomes concorreram: Petrônia e Goiânia.
O primeiro foi escolhido por 68 leitores do jornal, enquanto Goiânia obteve menos de 10 votos. Pedro Ludovico, então governador de Goiás, porém, preferiu Goiânia e em decreto de 2 de agosto de 1935 formalizou o nome da nova capital, que foi transferida da Cidade de Goiás, também conhecida como “Goiás Velho”.
“Foi muito sofrimento, teve muita briga. Ele conseguiu superar e tivemos muitos sacrifícios, então mudou a capital de Goiás para Goiânia. Ele falou que quando tinha 16 anos, se ele fosse um político, ele ia mudar a capital do estado”, conta Luiz Carlos Teixeira Bahia, de 78 anos, guia mais antigo do Museu Pedro Ludovico e neto do fundador de Goiânia.
O guia, autointitulado uma peça viva do museu, ao qual dedicou metade da vida, é descendente de Lívia Teixeira Bahia, que morreu em 2011, aos 90 anos. Ela é a única filha mulher de Pedro Ludovico e de Dona Gercina, esposa do político. Luiz diz que passou parte da infância com os avós, em Goiânia, onde conviveu com o casal no casarão da família – hoje museu voltado à história de Pedro.
“Pedro Ludovico era meu protetor, um homem inteligente, trabalhador e de respeito. Ele gostava muito de ir ao cinema e eu o acompanhava. Ele não pagava entrada, mas não me deixava entrar sem pagar. Sempre tirava o dinheiro do bolso e me dava 5 cruzeiros para comprar o ingresso e falava que não iria me deixar entrar de graça. Era muito honesto”, afirma.
Além do cinema semanal, Pedro Ludovico também era apaixonado por música, principalmente por tango e pela canção “Detalhes”, de Roberto Carlos. A culinária também era uma das paixões do político, que não dispensava um frango com macarrão, conforme o neto, a quem acolheu na década de 1970.
Luiz chegou a dividir a casa com os avós depois de se separar da ex-esposa, quando tinha 26 anos. O quadro de Luiz continua intacto desde que morou no local, assim como todo o museu.
O espaço fica no andar superior do casarão, mesmo espaço onde está localizado o quarto dos seus avós. Durante o período em que viveu no local, ele acompanhou o leito de morte de Dona Gercina e Pedro Ludovico, em 1976 e 1979, respectivamente.
Ele garante que era um dos netos mais próximos do avô. O apego era tanto que, depois que o casarão virou museu, em 1987, ele retornou para trabalhar no local – onde permanece como guia até os dias atuais.
“Morei em São Paulo, fiquei muito tempo lá, mas não gosto de lá não. Era uma casa muito movimentada [quando Pedro era vivo], vinha vários políticos, escolas. Meu avô me ensinou a atender os visitantes”, contou.
Luiz afirma que Pedro Ludovico era seu exemplo como líder político e que, se fosse vivo hoje, iria se deslumbrar com a forma em que Goiânia cresceu e se tornou a cidade mais populosa do estado. A capital, inicialmente, foi construída para 50 mil pessoas, mas hoje, segundo o Instituto Brasielirto de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade conta com mais de 1,4 milhão de habitantes.
“Pedro fez tudo pelo progresso de Goiânia. Uma vez ele foi em um restaurante do Setor Universitário, ele olhou e falou assim: ‘eu nunca poderia imaginar que Goiânia iria crescer tanto assim’. Se ele visse Goiânia hoje, iria assustar”, disse.
Questionado sobre o motivo de não ter seguido os passos do avô na política, Luiz diz que nunca se interessou pela área, mas que Pedro insistiu para que ele se candidatasse a vereador em quando ainda estava vivo. Os decentes do fundador de Goiânia já ocuparam cargos políticos municipais, estaduais e federais.
“Meu avô queria por tudo que eu fosse vereador, ele tinha muito prestígio. Mas a política não é comigo, eu gosto de ajudar as pessoas, mas ser candidato não”, concluiu o guia.
Moradoras compartilham memórias da capital em suas primeiras décadas de história
Do chão batido ao asfalto, das charretes ao conglomerado de automóveis. Nesta quinta-feira, 24, Goiânia completa 91 anos e, por isso, o Diário do Estado preparou um especial com histórias de pessoas que de forma ativa ou passiva ajudaram a construir a capital que conhecemos hoje.
Moradora de Goiânia há 60 anos, a aposentada Maria Linhares Viana, de 83 anos, chegou à capital, mais precisamente no Jardim América, em 1964, durante o governo Hélio Seixo de Brito – décimo gestor da história goianiense.
A mulher vivenciou todo o progresso da capital, até mesmo a inauguração do Parque Mutirama pelo ex-prefeito Iris Rezende, em 1969. E, atualmente, Maria ainda mora no mesmo setor.
“Quando cheguei, no Setor Aeroporto, tinha só umas cinco ou seis casas. No Setor Oeste também, a mesma coisa. Lá no centro da cidade só tinha quatro prédios, não era como conhecemos hoje, eram construções. Goiânia era pequenininha nesse tempo, ainda estavam loteando o setor Bueno”, lembrou a aposentada.
Maria diz que o Jardim América, um dos bairros mais conhecidos de Goiânia, tinha poucos moradores quando se mudou para a região com os pais e cinco irmãos. Ela afirma que o setor tinha entre seis e 10 “barracões”.
Ainda na juventude, ela trabalhou no Hospital Santa Casa de Misericórdia e andava por horas para chegar ao seu destino, já que, na época, havia apenas uma linha de ônibus, que passava pelas avenidas hoje conhecidas como 24 de outubro e Anhanguera. Além disso, a vida na “cidade grande” era de muita simplicidade e trabalho.
“Era uma coisa que não tem explicação do tanto que era diferente, simples. Pessoal tudo muito simples. Naquele tempo não existia nem fogão a gás, nem máquina de lavar, essas coisas assim. Hoje a gente vê esse tanto de carro, mas as charretes que eram como os ubers de hoje”, detalhou Maria.
A aposentada se diz apaixonada pelo Lago das Rosas e pelo Zoológico, local que durante anos foi o ponto de visitação da família aos domingos. O passeio já era uma tradição para os moradores da época.
“Lá era um lugar onde todo mundo ia. A gente ia para ver os bichos sempre que tinha tempo, quando podia, porque era longe e tinha que ir de a pé ou de bicicleta. Na época, o ingresso era 1 cruzado, a mesma coisa de R$ 1 real hoje. E lá no Mutirama também. Quando inaugurou, nós fomos”, lembrou.
A aposentada diz que apenas entre 1990 e 2000 é que a capital começou a ganhar o formato do que conhecemos atualmente, sendo moldada tanto em termos de infraestrutura quanto de política. A urbanização de Goiânia acelerou, e a cidade cresceu de maneira ordenada, se expandindo para novas áreas e se modernizando.
“Eu acho Goiânia ótima, maravilhosa. Gostei de ver a evolução. Quem viu ela do jeito que eu vi, e agora, é uma coisa inacreditável. Eu ando e observo como as coisas mudaram para melhor, como estão diferentes”, reforçou.
A também aposentada Zione Costa de Oliveira compartilha o mesmo sentimento de Maria. Paulista, ela veio para a capital após os pais dela receberem uma herança e prontos para começar uma nova vida.
A capital, embora ainda jovem, já mostrava sinais de desenvolvimento. Zione foi morar no Setor Guanabara, uma área que, na época, tinha poucas casas, ruas de terra e uma comunidade de vida simples.
“As ruas de terra se tornavam lama nos dias de chuva, as pessoas cozinhavam com lenha, e todos se ajudavam em tudo”, lembrou.
Zione lembra que, naquela época, Goiânia já contava com alguns serviços importantes, como o hospital Santa Casa e escolas públicas que começavam a se expandir. No entanto, o transporte era precário, por isso, era necessário andar longas distâncias a pé.
Com o passar dos anos, a aposentada viu o Setor Guanabara se transformar. Na década de 1980, o asfalto finalmente chegou às ruas do bairro, e mais casas foram sendo construídas.
O bairro, que antes era uma área quase rural, foi se urbanizando e ganhando novas feições, com escolas, postos de saúde e até uma pequena praça, onde as famílias se reuniam nos finais de semana.
Zione também viu Goiânia passar por grandes mudanças. A cidade, que no início era mais tranquila e menos movimentada, se tornou um importante centro econômico do Centro-Oeste.
Hoje, com 83 anos, Zione lembra com carinho de quando chegou à cidade e testemunhou sua transformação. A cidade onde construiu sua vida, sua família.
“Goiânia evoluiu muito. Hoje tem farmácia, tem hospital e antigamente era tão difícil. Naquela época a gente consultava pelo cartão do governo. Mas evoluiu muito! Hoje está diferente. O Guanabara está diferente. Tem muita casa, muita casa com asfalto”disse.
Paixão por Goiânia
Essas mulheres, que chegaram à capital em diferentes momentos da vida, são testemunhas vivas da evolução urbana e social da cidade. Para elas, Goiânia não é apenas um lugar onde vivem, mas uma parte essencial de suas histórias pessoais, marcadas por memórias, encontros e conquistas.
“Se fosse para eu mudar de Goiânia, eu não ia querer. Goiânia é bom demais”, concluiu Maria.
História do Zoológico de Goiânia começou ainda na fundação da cidade, em 1993. José Hidasi buscou os primeiros animais do parque em Aragarças, com o auxílio de um avião da FAB
Tão antigo quanto a própria capital, o Zoológico de Goiânia foi fundado a partir de uma área doada ao estado, que recebeu 50 animais trazidos de Aragarças, no oeste goiano, durante expedição do professor e ornitólogo humgaro, José Hidasi, que cedeu os primeiros moradores da área. O pesquisador também foi um dos pioneiros da taxidermia no Brasil e responsável direto pela criação do Museu de Zoologia de Goiânia, conforme seu filho, o advogado Roberto Hidasi, de 60 anos.
“Ele pegou os animais vivos e foi para Goiânia com um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), assim fundou o primeiro zoológico da capital. Tinha anta, ema. O museu também foi fundado a partir de peças doadas por ele, como o famoso jacaré Jacinto, conhecido por sua agressividade”, explicou.
O parque foi fundado em 1953, com o auxílio de Saturnino Maciel de Carvalho e com aval do então governador Pedro Ludovico Teixeira, sendo aberto oficialmente três anos depois, em 1556. A história da área verde, porém, começou ainda em 1933, mesmo ano em que a capital foi fundada por Pedro Ludovico.
Naquele ano, o terreno foi cedido pelo fazendeiro Urias Magalhães, com o objetivo de criar um ponto de ligação entre a nova capital que surgia e Campinas (hoje, um bairro de Goiânia). Apenas em 1940, o espaço foi destinado à construção do Lago das Rosas, como um local de recreação e lazer.
Atualmente, 91 anos depois do início da história do Zoo, o parque conta com 430 animais de 110 espécies distintas, entre aves, primatas, mamíferos e répteis, de acordo com a Agência municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), responsável pela área desde 1960. Hoje, o parque, considerado um dos cartões postais da capital, recebe cerca de 500 mil pessoas.
“[Vejo meu pai] no museu e no zoológico em si. O lugar preferido dele era o museu, passava horas lá estudando, pesquisando. Chegava a ficar 12 horas seguidas no museu. Ele era incansável, escolheu Goiânia como casa e seu propósito de vida era trazer a ciência para a capital. Esse é o legado que o meu pai deixou com os trabalhos dele, um legado pela ciência”, afirmou Roberto.
O professor e ornitólogo contribuiu para a formação da capital goiana, sendo o primeiro cientista a desenvolver trabalhos na cidade, de acordo com o advogado. Hidasi, que morreu em 2021 aos 95 anos, foi pioneiro na arte da museologia e da taxidermia, técnica de empalhamento de animais. Além disso, escreveu três livros: “As Aves de Goiânia”, “As Aves de Goiás” e “As Aves do Brasil Central”.
Roberto conta que o pai chegou à capital na década de 1940, quando Goiânia ainda contava com apenas 50 mil habitantes. Hoje, a maior cidade de Goiás possui mais de 1,4 milhões de moradores, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O advogado diz que o professor decidiu se mudar para o município durante uma viagem para relatar um trabalho realizado na cidade de Aragarças. A decisão foi tomada enquanto sobrevoava a capital pela primeira vez.
“Ele falou que Goiânia era o futuro e, então, pegou as coisas e se mudou com a minha mãe e os meus irmãos. Por baixo, ele viu 80 aniversários de Goiânia. Meu pai chegou ainda na época do Pedro Ludovico, viu o Iris Rezende ser caçado durante a ditadura. Eram vizinhos. Posso traduzir essa frase por ele: ‘Parabéns, Goiânia. Obrigado por você ter me acolhido”, disse.
Poliglota fluente em cinco línguas, José Hidasi deixou um acervo gigantesco, considerado o maior do Brasil, tanto pela diversidade de espécies quanto pela quantidade. Entre os exemplares está o leão Guru, famoso por matar uma criança de 2 anos, depois de fugir de uma madeireira onde atuava como “cão de guarda”, em Goiânia.
Ele ainda deixou exemplares de todos os continentes como canguru, zebra, pavão, coala, onças, lobos, jacarés e até um pinguim e um bezerro de duas cabeças, que acumulou em mais de 50 anos de atividade e intercâmbios com pesquisadores internacionais. A quantidade – avaliada em torno de 100 mil peças – encontra-se espalhada por museus de história natural dentro e fora do Brasil.
“Meu pai tem peças em Aragarças, no Tocantins, e no Ceará. Ele também possui peças expostas no Museu de História Natural da Austrália e na Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos”, afirmou Roberto .
A maior parte dos animais empalhados está em Goiânia, onde o ornitólogo criou, na própria residência, um museu de ornitologia, que funcionou até 2018 e recebeu a visita de políticos, jogadores de futebol, humoristas e músicos. Mais de 10 mil peças que estavam no local foram doadas para a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO), onde atuou como professor.
Obcecado por animais e o estudo da fauna desde a infância, vivida na cidade de Makó, na Hungria, Hidasi nunca deixou morrer o desejo de viver no Brasil. A jornada para chegar ao país começou durante o período mais sombrio da Segunda Guerra Mundial, onde lutou como paraquedista do Exército da Hungria.
Entretanto, durante um dos embates, acabou sendo capturado e encaminhado a um dos campos de concentração. O professor conseguiu escapar do local por meio de uma janela um dia antes da data em que seria executado, com o objetivo de vir para o Brasil.
“Ele atravessou a Europa comendo só maçã para sobreviver porque era um refugiado. Chegou a morar em campos de refugiados na França e depois conseguiu a documentação para embarcar para o Rio de Janeiro. Lá, para sobreviver, ele empalhava animais, como jacarés, e vendia para as lojas voltadas para os turista”, narra o advogado.
Roberto destaca que a vida do pai mudou quando ele recebeu uma oportunidade para trabalhar com a Fundação Brasil Central (FBC), uma instituição para explorar locais inabitados no centro do país, incluindo o estado de Goiás. A fundação estava desbravando o interior do país e tinha uma base operacional em Barra do Garças, em Mato Grosso, e em Aragarças, no Goiás, onde conheceu a esposa e constituiu família, posteriormente vindo morar em Goiânia.
Gestores deixaram legados que inspiraram gerações futuras, como Adriana Accorsi
Em 91 anos de história, Goiânia teve 29 gestores que assumiram o cargo de prefeito após a emancipação política da cidade, decretada em 24 de outubro de 1933. O primeiro prefeito de Goiânia, Venerando de Freitas Borges, foi empossado em 20 de novembro de 1935 pelo então interventor Pedro Ludovico Teixeira.
Durante toda a história goianiense, que nunca contou com uma mulher à frente do Executivo municipal, apenas Iris Rezende Machado (eleito em 1965, 2004 e 2016) e Nion Albernaz (nomeado prefeito por Iris em 1983 e eleito em 1988 e 1996) se mantiveram no cargo por mais de dois mandatos.
Entre o intervalo de quatro anos entre um mandado e outro, Nion foi substituído por Darci Accorsi, fundador do PT em Goiás e vereador mais bem votado da história da capital, em 1988 – atualmente o posto pertence ao ex-deputado, Major Vitor Hugo. O petista ganhou a disputa municipal de 1992 no segundo turno, que disputou com Sandro Mabel, na época filiado ao PMDB, atual MDB.
Depois de 32 anos, em 2024, Mabel voltou a enfrentar os Accorsi pela Prefeitura de Goiânia. Entretanto, desta vez, foi Adriana Accorsi, filha do ex-prefeito, que tentou levar o pleito. Mabel, porém, novamente está no segundo turno, mas contra Fred Rodrigues (PL).
“Meu pai tinha um orgulho muito grande, uma gratidão muito grande por ter sido prefeito, principalmente por ser uma pessoa que não tinha família aqui, em Goiânia. Ele veio do Rio Grande do Sul com a minha mãe, mas viveu aqui muitos anos antes de ser prefeito. Eles chegaram em Goiânia na década de 70, depois de se mudarem de Itapuranga”, afirmou Adriana.
A delegada de Polícia Civil, que também é deputada federal por Goiás pelo mesmo partido do pai, conta que se espelha no gestor como política. Ainda de acordo com Adriana, ela tem o sonho de se tornar a primeira prefeita da capital e seguir os ensinamentos de Darci, que idealizou projetos como Goiânia Viva e Cidadão 2000, enquanto chefe do Executivo.
“Embora tenha sido há cerca de 30 anos, a gestão dele ainda é muito lembrada pelas pessoas. Muitas pessoas quando me encontram, relatam histórias com o meu pai, principalmente situações em que elas tiveram as suas vidas transformadas. Isso é muito emocionante para mim. São pessoas que têm casa própria hoje por causa dos programas de habitação que meu pai fez”, contou.
Os programas, de acordo com Adriana, foram um marco na administração municipal. A deputada diz que durante visitas às regiões de Goiânia, já foi abordada por pessoas que participam do Cidadão 2000, seja na formação profissionalizante, em esportes, atividades culturais ou benefícios sociais.
Adriana diz que o ex-prefeito tinha um jeito social de governar, um estilo “povão”, como observado em figuras emblemáticas da política goiana, em especial Iris Rezende. Darci faleceu em 2014, mesmo ano em que Adriana disputou a primeira eleição, na qual, foi eleita deputada estadual.
“Ele sempre me apoiou muito. Procuro sempre ter esse olhar social, esse olhar humano. Meu pai estabeleceu uma forma de governar onde ele conversava com os trabalhadores, com o setor produtivo. É um diálogo democrático, aberto e isso trouxe muitos benefícios para Goiânia” afirmou.
A política explica que o pai, que além de filósofo era professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), tinha um grande apego por Goiânia e que nunca pensou em se mudar desde que veio para a capital. Um dos lugares preferidos do ex-gestor era o Jardim Nova Esperança, um dos bairros em que asfaltou.
Adriana conta que Darci também era apaixonado pela culinária goianiense, principalmente por pit dogs, pamonha e pequi. De acordo com ela, o pai era considerado um “goiúcho” – apelido criado a partir da cidadania gaúcha e apreço por Goiânia.
“Goiânia é uma cidade encantadora, onde as pessoas passam e nunca mais vão embora, porque ela é inesquecível, ela é acolhedora, ela é muito amorosa, muito agradável de se viver e merece ter uma condição de vida digna para todas as pessoas, é isso que eu espero e desejo para a cidade”, concluiu.
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