Especialista aponta falha no trem de pouso em acidente aéreo na Coreia do Sul

O trem de pouso do avião que colidiu contra um muro no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, aparentemente não foi baixado durante o pouso forçado, segundo análise da especialista Mary Schiavo. Ex-inspetora-geral do Departamento de Transportes dos Estados Unidos, Schiavo baseou suas observações em vídeos que registraram o momento do impacto, ocorrido na manhã deste domingo, 29, pelo horário local (noite de sábado, 28, no horário de Brasília).

A especialista destacou que uma falha no motor ou danos no painel da aeronave podem ter contribuído para o acidente. Outra possibilidade levantada é de que o piloto estivesse tentando arremeter. “Pode ser que o trem de pouso não estivesse baixado, e o piloto não tivesse certeza disso devido a problemas com as luzes de indicação. Uma prática comum nesses casos é sobrevoar o aeroporto e pedir à torre de controle que confirme a posição do trem de pouso”, explicou Schiavo à CNN.

O Boeing 737-800 da companhia Jeju Air transportava 181 pessoas – 175 passageiros e seis tripulantes – de Bangkok, na Tailândia, para a Coreia do Sul. Até o momento, foram confirmadas 122 mortes.

A tragédia aconteceu em meio a uma temporada de viagens movimentada devido aos feriados de fim de ano. “Os aeroportos estão cheios de famílias celebrando as festividades”, observou Schiavo, falando de Chiang Mai, na Tailândia.

Apesar de a Jeju Air ser uma companhia aérea de baixo custo, a Coreia do Sul mantém uma alta classificação de segurança na aviação internacional. O país está na categoria 1 do Programa Internacional de Avaliação de Segurança da Aviação da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos.

 

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FBI investiga conexão entre explosão em Las Vegas e ataque em Nova Orleans

O FBI está investigando possíveis ligações entre a explosão de um veículo Tesla Cybertruck em frente ao Hotel Trump International em Las Vegas e um ataque mortal com caminhão em Nova Orleans, que ocorreu na última segunda-feira , 30 , deixando 15 mortos.

O incidente em Nova Orleans envolveu um motorista que intencionalmente dirigiu contra multidões durante as celebrações de Réveillon no French Quarter. Já em Las Vegas, galões de gasolina e grandes morteiros de fogos de artifício foram encontrados no Cybertruck, que explodiu pouco depois de chegar à área de manobristas do hotel. Sete pessoas sofreram ferimentos leves e o único ocupante do veículo morreu na explosão, segundo o Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas.

Investigação em andamento

O FBI identificou o motorista do veículo em Las Vegas, mas não divulgou a identidade, segundo o agente especial Jeremy Schwartz, responsável pelo caso. A explosão ocorreu na quarta-feira, 1, por volta das 8h40 (horário local), e foi registrada em vídeos de testemunhas dentro e fora do hotel.

A ligação entre os dois casos ainda não foi confirmada, mas as circunstâncias dos eventos levantaram diversas questões. “Um Cybertruck, o hotel de Trump… Há muitas perguntas que precisamos responder”, disse Kevin McMahill, xerife do Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas, durante uma coletiva de imprensa.

Explosivos e mensagens

A polícia revelou que o Cybertruck havia sido alugado no Colorado antes de chegar a Las Vegas e que, na carroceria, foram encontrados galões de gasolina e morteiros de fogos de artifício. O veículo foi estacionado próximo ao hotel, propriedade da Organização Trump. Eric Trump, filho do ex-presidente Donald Trump, elogiou a rápida resposta dos bombeiros e das autoridades locais.

Contexto político

O Hotel Trump International faz parte dos negócios do ex-presidente Donald Trump, que retornará à Casa Branca em 20 de janeiro após vencer as eleições de 2024. Elon Musk, CEO da Tesla e um dos principais apoiadores da campanha de Trump, descartou qualquer relação do incidente com o veículo em si. “Confirmamos que a explosão foi causada por fogos de artifício grandes e/ou uma bomba transportada na caçamba do Cybertruck alugado. Não há relação com o veículo”, publicou Musk na rede X (antigo Twitter).

Motivações ainda incertas

As autoridades continuam analisando as evidências para determinar se a explosão foi um ato terrorista ou um ataque direcionado. Até o momento, a conexão entre os dois incidentes permanece sob investigação, enquanto a comunidade aguarda respostas sobre os eventos que abalaram o início do ano em duas grandes cidades dos Estados Unidos.

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