Especialista dá dicas para um Natal mais seguro na pandemia

No momento atual da pandemia, que é de flexibilizações, as reuniões de Natal tendem a ser mais frequentes do que no fim de 2020. No Natal e Ano Novo passados, não havia, por exemplo, vacina disponível contra Covid-19. A primeira foi aplicada no dia 17 de janeiro deste ano, em São Paulo. Dessa forma, o DE conversou com uma especialista que dá dicas simples e cuidados, que ainda são necessários, para que as festas sejam mais seguras.

Vacina

A doutora em Imunologia e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Ana Paula Kipnis, diz que a principal recomendação é “todo mundo estar vacinado, inclusive com a terceira dose entre os que já puderem”.

A especialista lembra ainda que, conforme indicam estudos, após cinco meses a imunidade pela vacina costuma diminuir. Por isso mesmo, existe a indicação de uma terceira dose, ou dose de reforço.

Natal ao ar livre

Outra dica é não reunir muitas pessoas e celebrar em ambiente aberto, bem ventilado. “Fazer uma Natal no jardim, por exemplo, em vez de dentro de casa”, sugere a imunologista.

“Seria a melhor opção porque, se tiver alguma pessoa infectada, mas assintomática, você garante que estejam todos ao ar livre para diminuir a transmissão”, explica.

Alerta da gripe H3N2

Não compartilhar objetos como talheres e copos é outro cuidado básico, segundo a especialista. Não só pelo cuidado contra Covid-19, mas também no caso da Influenza H3N2. “A transmissão do vírus da gripe é mais fácil em objetos e superfícies do que a do coronavírus”, aponta.

Em relação à vacina contra a gripe disponível no SUS, Ana Paula Kipnis explica que ela não garante proteção completa contra a nova variante da H3N2, a Darwin. Isto porque ainda não houve atualização do imunizante.

“Só vamos ter essa vacina atualizada em março porque, em geral, vacina-se contra a gripe até abril, para garantir a proteção e evitar um surto no inverno”, detalha.

Dessa forma, a vacina atual pode ter uma proteção cruzada, mas não protegerá significativamente. Por isso, os cuidados devem ser tomados, principalmente em relação a pessoas idosas.

 

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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