COP 30: especialistas propõem ações para enfrentar os efeitos das mudanças
climáticas em Fernando de Noronha
Pesquisadores e ambientalistas destacam medidas de conservação, economia
Circular e sustentabilidade que podem servir de modelo para outras ilhas.
Represente do ICMBio em Fernando de Noronha fala das mudanças climáticas
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Represente do ICMBio em Fernando de Noronha fala das mudanças climáticas
Representantes de vários países se reúnem a partir de segunda-feira (10), em
Belém (PA) [de globo com pa para cidade belem], para discutir soluções
de preservação ambiental durante a Conferência das Nações Unidas sobre as
Mudanças Climáticas (COP 30 [de meio-ambiente cop-30]). Em
Fernando de Noronha
[de pe pernambuco cidade fernando-de-noronha], órgãos
públicos, pesquisadores e ambientalistas também apontam ações locais para
contribuir com a conservação (veja vídeo acima).
Especialistas indicam medidas de conservação, economia Circular e
sustentabilidade que podem servir de modelo para outras ilhas.
Noronha abriga duas unidades de conservação: o Parque Nacional Marinho e a Área
de Proteção Ambiental (APA). O coordenador da Área Temática de Ordenamento
Territorial do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio
[de globo com tudo-sobre/icmbio]), Mário Douglas Fortini, destacou que
essas áreas são fundamentais para reduzir os impactos das mudanças climáticas.
“As unidades de conservação são estratégicas. Elas ajudam a reter carbono e a
proteger a biodiversidade. Essa sempre foi, e continua sendo, uma das principais
estratégias para enfrentar as mudanças climáticas”, afirmou Fortini.
O coordenador reforçou que a COP 30
[de meio-ambiente cop-30]é um espaço essencial para definir
ações globais. “Todos precisam fazer a sua parte. Cada nação deve assumir seu
papel. Se o mundo inteiro não se engajar nessa luta, ela fica cada vez mais
difícil”, disse.
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marinha
ECONOMIA CIRCULAR
A economia Circular busca manter produtos e materiais em uso por mais tempo, por
meio de reuso, reparo, remanufatura e reciclagem. O objetivo é reduzir o
desperdício e a poluição, promovendo um uso mais sustentável dos recursos.
O coordenador do Laboratório de Economia Circular e Regenerativa (LabNoronha),
Sérgio Xavier, vai participar dos debates da COP 30 em Belém, onde apresentará
propostas.
“Estou articulando um plano de intercâmbio de soluções de resiliência, adaptação
climática e economia regenerativa entre ilhas oceânicas. Esse trabalho deve
começar integrando Noronha a Galápagos (Equador
[de globo com tudo-sobre/equador]), Ilha de Páscoa (Chile
[de globo com tudo-sobre/chile]) e San Andrés (Colômbia
[de globo com tudo-sobre/colombia]), revelou.
Segundo Xavier, as ações propostas para Fernando de Noronha têm dois eixos
principais:
* Soluções locais: execução do Plano Clima do governo federal
[de globo com tudo-sobre/governo-federal], com ações participativas
que envolvam todos os setores da ilha, impulsionem uma economia regenerativa,
reduzam emissões e fortaleçam a resiliência da comunidade;
* Articulações globais: criação de uma rede de ilhas para enfrentar causas e
efeitos das mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar,
branqueamento de corais, eventos extremos e poluição dos oceanos.
Especialistas indicam ações para conservação de Noronha — Foto: Flávio
Costa/Acervo pessoal
PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS
O Projeto Golfinho Rotador atua há 35 anos em Fernando de Noronha com pesquisas
e ações de conservação dos golfinhos. O coordenador do projeto, José Martins,
também vai participar de eventos da COP 30.
Além da educação ambiental com jovens da ilha, o projeto desenvolveu um programa
de sustentabilidade voltado ao setor turístico, baseado nas práticas de ESG
(ambiental, social e governança).
“Treinamos donos de pousadas por três anos e prestamos consultoria a 75 meios de
hospedagem com diretrizes sustentáveis. Também fizemos ações semelhantes em
outros setores do turismo”, explicou a coordenadora de Educomunicação Ambiental
e Sustentabilidade do projeto, Cynthia Gerling.
Cynthia destacou que os treinamentos abordam o uso racional da água e da
energia, o manejo de resíduos e efluentes, e a sensibilização de equipes e
hóspedes.
O projeto atualizou o guia “Vida na Água: Sustentabilidade à beira-mar um bom
negócio”, que ensina como aplicar práticas sustentáveis e os princípios do ESG.
O novo material será relançado em dezembro.
“O guia será distribuído em Noronha e em outros projetos ambientais. Também
vamos promover formações na ilha e em estados da costa brasileira que integram a
Rede Biomar”, disse Cynthia.
As ações de conservação do Projeto Golfinho Rotador têm o apoio do Programa
Petrobras Socioambiental.
O de procurou a Administração de Fernando
de Noronha para saber que ações são feitas para reduzir os impactos das mudanças
climáticas, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.
Golfinhos são monitorados e estudados na ilha — Foto: Projeto Golfinho
Rotador/Divulgação
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