Esposa de autor do massacre de Las Vegas retorna para os Estados Unidos

Marilou Danley, esposa do autor do massacre do último domingo (1º) em Las Vegas e declarada “pessoa de interesse” para a investigação, retornou, na terça-feira (3), aos Estados Unidos, vindo das Filipinas, seu país de origem e para onde tinha viajado recentemente. A informação é da Agência EFE.

A mulher de 62 anos, aterrissou durante a noite no Aeroporto Internacional de Los Angeles (Califórnia) e foi recebida por agentes do FBI, segundo informaram a emissora “CNN” e o jornal Los Angeles Times.

Marilou estava fora dos Estados Unidos quando no último domingo, seu marido, Stephen Paddock, disparou a partir do seu quarto do hotel Mandalay Bay, em Las Vegas (Nevada), contra o público que assistia ao festival de música country.

Paddock, de 64 anos, matou 59 pessoas e feriu mais de 500, no tiroteio mais letal da história moderna do país, antes de se suicidar.

Nesta terça, as autoridades declararam Danley, que vivia com Paddock, em Mesquite, cerca de 130 quilômetros do lugar do tiroteio, “pessoa de interesse” na investigação do caso.

A emissora “NBC” revelou a existência de uma transferência de US$ 100 mil feita por Paddock, na semana passada, para uma conta nas Filipinas, o país de origem de Marilou Danley e onde ela estava nos últimos dias.

“Não vamos comentar isso, por enquanto, mas vamos atualizar essa informação em breve. A investigação não acabou com a morte de Paddock”, disse o xerife do condado de Las Vegas, Joe Lombardo.

Na última entrevista coletiva do dia sobre o tiroteio, o vice-prefeito do condado de Las Vegas, Kevin McMahill, reconheceu que as autoridades têm ainda “mais perguntas” que respostas sobre os motivos que levaram Stephen Paddock a realizar o massacre.

Paddock modificou até 12 rifles semiautomáticos com dispositivos nas culatras para poder abrir fogo de maneira completamente automática e disparar contra a multidão em um ritmo mais rápido.

Assim foi relatado pelo agente Jill Snyder, da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos Estados Unidos (ATF, sigla em inglês).

De acordo com Snyder, foram recuperadas um total de 47 armas de fogo em três localizações diferentes, o hotel Mandalay Bay e duas residências de Paddock, que foram adquiridas em quatro estados pelo atirador.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou hoje desconhecer se o autor do tiroteio tinha algum tipo de vínculo com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

“Eu não tenho ideia”, disse Trump aos jornalistas, a bordo do Air Force One, quando retornava de Porto Rico, ao ser questionado se acredita que o autor do massacre tinha algum vínculo com o EI.

Embora o EI tenha assumido a autoria do tiroteio, o FBI descartou, por enquanto, qualquer vínculo de Paddock com grupos terroristas estrangeiros.

Trump, que viaja nesta quarta para Las Vegas onde se reúne com as autoridades locais e parentes das vítimas do tiroteio, insistiu em retratar Paddock como alguém “doente” e “insano”.

Esposa de atirador estava fora dos Estados Unidos há 15 dias

A mulher de origem filipina e nacionalidade australiana, chegou em Manila no dia 15 de setembro, em um voo da Japan Airlines, procedente de Tóquio, segundo a porta-voz do Escritório de Imigração das Filipinas, Antonette Mangrobang.

A partir de então, até o último domingo, quando Stephen Paddock foi o responsável pelo tiroteio mais letal da história moderna dos EUA, Marilou permaneceu nas Filipinas, com exceção de uma viagem curta, de ida e volta, a Hong Kong, segundo o registro de viagens divulgadas pela porta-voz de imigração.

As autoridades americanas declararam a mulher, que vivia com Paddock, em Mesquite, cerca de 130 quilômetros do lugar do tiroteio, como uma “pessoa de interesse” na investigação do caso, mesmo acreditando ser pouco provável sua participação no massacre.

A mulher partiu de Manila na noite de terça e no mesmo dia, devido ao fuso horário, chegou ao Aeroporto Internacional de Los Angeles, onde foi recebida por agentes do FBI.

As autoridades filipinas mostraram disposição em colaborar com os agentes americanos para facilitar os registros de viagem e outros dados sobre a esposa do autor do massacre.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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