A esposa do ex-primeiro ministro do Nepal, Jhalanath Khanal, Rajyalaxmi Chitrakar, faleceu após ser queimada viva por manifestantes que incendiaram sua casa, resultando em queimaduras fatais. Chitrakar foi levada ao hospital em estado crítico, porém não resistiu aos ferimentos. Além dela, outros líderes, incluindo ministros e ex-primeiros-ministros, ficaram feridos durante os protestos violentos. Os jovens nepaleses lideraram a ação, que faz parte de uma onda de protestos que assola o país pelo segundo dia consecutivo, resultando em tragédias. No primeiro dia de protestos, 19 pessoas faleceram e outras 100 ficaram feridas, evidenciando a gravidade da situação no país. O primeiro-ministro KP Sharma Oli renunciou devido à pressão dos manifestantes, que desrespeitaram o toque de recolher e entraram em confronto com as forças de segurança. A indignação popular se deveu, em parte, a uma proibição de mídia social imposta pelo governo de Oli, atitude que gerou revolta e resultou em ações violentas. A pior onda de protestos em décadas assola o Nepal, país localizado entre a Índia e a China, que enfrenta instabilidade política e econômica desde a abolição da monarquia em 2008.