Esposa de Fux é vítima de golpe do WhatsApp praticado em Goiás

Esposa de Fux é vítima de golpe do WhatsApp praticado em Goiás

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus a um operador de máquinas de Goiânia que foi preso, preventivamente, acusado de comandar golpe do WhatsApp praticado, em janeiro, contra a esposa e o filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux. O processo segue em andamento.

Ygor Vinícius Floriano Bispo, de 26 anos, chamado de Igão, segue preso, mas, em Trindade, por violação de tornozeleira eletrônica que usa por causa de outro processo judicial. Em depoimento, o acusado admitiu o crime e contou que a igreja é o local que ele mais frequenta.

O “golpe do novo número”, um estelionato via WhatsApp, foi praticado contra a família do presidente do STF dentro de uma barbearia em Trindade.  A informação consta no processo judicial.

No dia 29 de março, o ministro do STJ Antonio Saldanha Palheiro substituiu a prisão preventiva por outras medidas cautelares. Como a proibição de o acusado sair da capital e obrigação de ele ficar em casa, das 20h às 6h, todos os dias, inclusive em fins de semana e feriados.

Outros quatro jovens goianos são acusados de estelionato contra a família do presidente do STF. 

A esposa de Fux, Eliane, de 65 anos, contou à polícia que, no dia 8 de janeiro deste ano, recebeu via WhatsApp mensagem com pedido de depósito bancário de R$ 8.460. A pessoa fingiu ser o filho dela, o advogado Rodrigo Fux, de 38. O número possuía DDD do Rio de Janeiro, onde as vítimas do golpe moram.

Eliane pensou que era de fato o filho e além de transferir o dinheiro, mandou o comprovante. Ela relatou ter recebido, após meia-hora, outra mensagem com solicitação de novo depósito, no valor de R$ 9,9 mil, mas esse não foi realizado.

O filho de Fux contou que o segundo depósito só não foi feito pois após a nova solicitação recebeu o contato de sua mãe e ele contou que não havia pedido.

Nomes dos acusados

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) denunciou os seguintes nomes: Ygor Vinícius Floriano Bispo, Igor Gustavo de Jesus Ferreira, Ricarte Soares Dutra Júnior, Emerson Ferreira Floriano, José Maria Gonçalves Júnior.

 

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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