Esposa de Mauricio Kubrusly fala sobre documentario que aborda diagnostico de demencia do marido

A arquiteta Beatriz Goulart, esposa do renomado jornalista Mauricio Kubrusly, explicou a razão pela qual concordou em participar do documentário que aborda o diagnóstico de demência de seu marido. Segundo Beatriz, o filme tem o objetivo de conscientizar sobre uma questão que afeta não apenas a família, mas que é ‘problema coletivo’. O documentário estreou na Mostra de Cinema de Gostoso e revela a extensa carreira de Kubrusly, destacando momentos que nem mesmo sua esposa conhecia. Emocionante e impactante, a produção mostra como o jornalista, aos 79 anos, perdeu a capacidade de leitura e escrita, levando ao seu afastamento da televisão. Beatriz Goulart também compartilhou que, mesmo após mais de duas décadas de casamento, ainda descobre reportagens do marido que desconhecia, demonstrando a amplitude da trajetória profissional de Kubrusly.

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Jovem suspeita de matar bebê que teve com o pai mantinha relação incestuosa desde a adolescência, revela delegado

Mãe de bebê levada morta a hospital mantinha relações sexuais com o pai desde adolescência, diz delegado

Por ser suspeita de matar a bebê, a jovem está em prisão domiciliar. O pai dela, também considerado suspeito, morreu trocando tiros com a polícia.

Mulher deu entrada em hospital acompanhada do pai e da filha mais velha, em Campinorte, Goiás. A Polícia Civil informou que a jovem de 20 anos que é investigada por matar a filha de dois meses, em Campinorte, mantinha relações sexuais com o pai desde a adolescência. Ao delegado Peterson Amin, ela relatou que não conseguiu evitar as relações pois existia uma “ameaça velada” por parte do homem. Por ser suspeita de matar a bebê, a jovem está em prisão domiciliar. O pai dela, também considerado suspeito pela morte da menina, morreu trocando tiros com a polícia.

O DE não conseguiu contato com a defesa da jovem até a última edição da matéria.

O delegado explicou ao DE que as investidas sexuais do homem com a filha começaram quando ela tinha 15 anos. Ela afirma que não queria se relacionar sexualmente com o pai, mas não demonstrou nenhuma resistência moral ou física, já que o homem tinha comportamentos agressivos e autoritários. Sobre a mãe, a jovem diz que a mulher a abandonou na infância.

“Ela disse que o pai tinha muitos ciúmes dela, se ia para algum lugar o pai dela tinha que estar junto. Ele era agressivo com ela. Confirmou que, de fato, nunca ofertou resistência às relações sexuais, mas desde o começo era uma ameaça velada”, afirmou o delegado.

Ao DE, a jovem contou que, na época em que as relações sexuais começaram, o pai dela morava com uma mulher em Anápolis. Ela, na época ainda adolescente, foi passar alguns dias com ele e ocorreu a primeira relação. Tempos depois, a jovem passou a morar com o pai em Anápolis. Quando, mais tarde, o homem decidiu se mudar para a cidade de Campinorte, obrigou a filha a morar com ele.

Ao delegado, a jovem disse que o pai a ameaçou de morte para obrigá-la a morar com ele na nova cidade. Ela não queria ir junto, porque tinha a vida feita em Anápolis, mas acabou aceitando porque tinha medo do pai. A jovem também explicou que o pai tinha muito ciúmes dela, e que ela não podia fazer nada fora de casa sem a companhia dele.

Por conta das relações sexuais, a jovem engravidou do pai aos 15 anos e teve a primeira filha. A menina atualmente tem 5 anos e foi diagnosticada com autismo. A outra filha da jovem nasceu em setembro de 2024 e também teve o avô como pai. A caçula morreu por politraumatismo (entenda mais sobre o caso abaixo).

ESTUPRO SERÁ INVESTIGADO?

Mesmo diante deste cenário, a polícia explicou que não pretende aprofundar as investigações de estupro do homem contra a jovem. Segundo o delegado, um dos motivos é o fato do homem ter morrido em confronto com policiais, e com isso, não existir mais a possibilidade de que ele seja responsabilizado pelo crime de estupro de vulnerável e, ainda, pela suspeita da morte da bebê.

Outro motivo, na visão do delegado, é o fato da jovem nunca ter verbalizado ou agido com resistência às investidas sexuais do pai. Amin cita o artigo 217-A do Código Penal, que diz que jovens de 15 anos têm condições de consentir uma relação sexual.

Após a morte da bebê, ela foi presa em flagrante, teve a prisão convertida em preventiva, mas a Justiça decidiu mandá-la para prisão domiciliar. Isso porque, além de não ter antecedentes criminais e ter demonstrado grande sofrimento com a morte da bebê, a jovem é responsável pela outra filha, que é uma pessoa com autismo. As duas meninas são filhas do avô.

Na decisão, o juiz Breno Gustavo Gonçalves considerou que as investigações ainda não demonstraram que a jovem agia de maneira agressiva com as filhas. O delegado também informou que tenta descobrir como as agressões aconteceram a ponto de matar a bebê. Mas testemunhas ouvidas relataram que a vida da família parecia normal.

“Embora se trate de crime gravíssimo praticado contra outra filha da custodiada, verifico que a autuada é tecnicamente primária e não possui antecedentes criminais; não há nos autos qualquer indicativo de maus-tratos ou violência contra a filha autista; o crime em apuração, conquanto de extrema gravidade, apresenta-se como fato isolado em sua vida pregressa; a manutenção da prisão em estabelecimento penal privaria a outra criança dos cuidados imprescindíveis de sua única cuidadora, podendo agravar sua condição de vulnerabilidade”, considerou o juiz.

De acordo com a polícia, a jovem deu entrada em um hospital de Campinorte com a filha de dois meses já sem vida, na madrugada de sexta-feira (29). Ela explicou que a menina tinha engasgado, mas durante exames os médicos identificaram vários hematomas pelo corpo da bebê. Desconfiados, eles chamaram a polícia.

Uma perícia de corpo de delito foi realizada e concluiu que a bebê morreu por politraumatismo, em uma ação “externa e contundente”, ou seja, causada por alguém que lhe deu pancadas, golpes ou outro tipo de impacto físico.

A jovem foi conduzida para a delegacia e, durante depoimento, afirmou à polícia que morava sozinha e acordou com sua filha morta, a levando ao hospital imediatamente. Mas quando a polícia verificou as imagens de câmeras de seguranças do hospital, viu que ela chegou na unidade acompanhada de um homem e de sua filha mais velha.

Segundo a polícia, ao ser questionada sobre o homem que a acompanhou até o hospital, a jovem mentiu dizendo que ele era primo dela. Mas após investigações, a polícia descobriu que, na realidade, o homem era pai dela e os dois moravam juntos.

“Ao longo das oitivas nós identificamos que esse homem na verdade, era pai da jovem. E, posteriormente, nós descobrimos que além de ser pai, eles mantinham um relacionamento amoroso, o que indicava que essa bebê que foi morta seria filha do casal”, detalhou o delegado.

A Polícia, então, passou a ouvir outras testemunhas do caso e foi informada de que a jovem e o pai mantinham um relacionamento incestuoso.

A polícia relata ter iniciado buscas pelo homem após a morte da bebê. Ele foi encontrado escondido em uma chácara na zona rural de Campinorte, portando uma arma calibre 22.

Os policiais afirmam que, ao tentar abordar o homem, ele reagiu atirando. Com isso, a equipe atirou de volta e atingiu o suspeito. Ele não resistiu e morreu.

Segundo o delegado, existia uma mandado de prisão em aberto contra o homem por um crime de feminicídio praticado na Bahia. A vítima seria a ex-esposa dele.

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