Esposa de Tom Hanks relata uso de cloroquina contra coronavírus: “efeitos colaterais extremos”

Em participação no programa This Morning, no canal CBS, a esposa do ator Tom Hanks, Rita Wilson, contou como foi seu processo de recuperação após ter sido, juntamente com seu companheiro, diagnosticada com o novo coronavírus.

“Eu me sentia muito cansada, dolorida, desconfortável, não queria que ninguém me tocasse”, relatou.

Quando a febre atingiu 39 graus, a também atriz e produtora foi tratada com cloroquina, substância que, apesar de ainda estar em fases de testes, está sendo administrada em pacientes com Covid-19 e sendo amplamente divulgada por Jair Bolsonaro e pelo presidente norte-americano, Donald Trump, como remédio contra o coronavírus.

“Me deram a cloroquina para diminuir a febre, o que de fato aconteceu. Porém, o remédio causou efeitos colaterais extremos. Senti muita náusea, tonturas e meus músculos ficaram tão fracos que eu não podia andar”, disse Rita Wilson.

Ela ainda fez um alerta sobre o uso do medicamento. “Precisamos ter muito cuidado com essa medicação. Ainda não temos certeza se é segura para esse tipo de tratamento”.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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