Esquema imobiliário da família Bolsonaro ganha repercussão na Europa

Após derrota de Bolsonaro, PL vai pedir anulação das eleições

O esquema imobiliário escandaloso, protagonizado pela família Bolsonaro, ganhou repercussão internacional, com ampla reportagem do jornal The Guardian, o mais influente do Reino Unido. O caso, que levanta fortes suspeitas de lavagem de dinheiro, envolve a compra de nada menos que 51 imóveis com dinheiro vivo.

“As obscuras finanças familiares de Jair Bolsonaro estão sob escrutínio renovado depois de alegações de que o presidente brasileiro e parentes próximos usaram dinheiro para pagar mais de 50 propriedades no valor de milhões de dólares”, destaca o veículo.

O esquema veio à tona a partir de “investigação de sete meses do grupo de notícias UOL e sugerem que, entre 1990 e 2022, os Bolsonaro usaram repetidamente grandes somas de dinheiro para pagar apartamentos, casas e terrenos em cidades como o Rio de Janeiro”, aponta a reportagem de Tom Philips.

“O presidente precisa explicar a origem desse dinheiro. De onde veio esse dinheiro?”, disse Juliana Dal Piva, uma das repórteres por trás da denúncia. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, escreveu: “Você não precisa ser um gênio financeiro para entender que o uso de grandes somas de dinheiro para comprar um imóvel é um meio de lavagem de recursos de origem ilegal”.

Juliana Dal Piva disse não estar surpresa que o presidente tenha se recusado a explicar o uso de tanto dinheiro. “Ele tem medo dessa história”, disse ela. “É por isso que ele não responde.” (com informações do brasil247)

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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