Esquema imobiliário da família Bolsonaro ganha repercussão na Europa

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O esquema imobiliário escandaloso, protagonizado pela família Bolsonaro, ganhou repercussão internacional, com ampla reportagem do jornal The Guardian, o mais influente do Reino Unido. O caso, que levanta fortes suspeitas de lavagem de dinheiro, envolve a compra de nada menos que 51 imóveis com dinheiro vivo.

“As obscuras finanças familiares de Jair Bolsonaro estão sob escrutínio renovado depois de alegações de que o presidente brasileiro e parentes próximos usaram dinheiro para pagar mais de 50 propriedades no valor de milhões de dólares”, destaca o veículo.

O esquema veio à tona a partir de “investigação de sete meses do grupo de notícias UOL e sugerem que, entre 1990 e 2022, os Bolsonaro usaram repetidamente grandes somas de dinheiro para pagar apartamentos, casas e terrenos em cidades como o Rio de Janeiro”, aponta a reportagem de Tom Philips.

“O presidente precisa explicar a origem desse dinheiro. De onde veio esse dinheiro?”, disse Juliana Dal Piva, uma das repórteres por trás da denúncia. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, escreveu: “Você não precisa ser um gênio financeiro para entender que o uso de grandes somas de dinheiro para comprar um imóvel é um meio de lavagem de recursos de origem ilegal”.

Juliana Dal Piva disse não estar surpresa que o presidente tenha se recusado a explicar o uso de tanto dinheiro. “Ele tem medo dessa história”, disse ela. “É por isso que ele não responde.” (com informações do brasil247)

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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