Esquerda convoca manifestações contra redução da pena de Bolsonaro

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A esquerda brasileira, incluindo o cantor Caetano Veloso, convocou para o próximo domingo (14) protestos em todo o país contra uma iniciativa do Congresso para reduzir a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado em 2022. Se aprovado, um projeto de lei que tramita no Parlamento, de maioria conservadora, poderia reduzir a pena de 27 anos de prisão para Bolsonaro. As novas regras permitiriam a sua libertação em pouco mais de dois anos, segundo o autor do texto.
A convocação do protesto foi compartilhada nas redes sociais acompanhada das frases ‘Sem anistia’ e ‘Congresso, inimigo do povo’. O cantor Caetano Veloso convocou uma segunda edição do ato musical que liderou em setembro na Praia de Copacabana com algumas das figuras mais importantes da música brasileira. ‘Vamos devolver o Congresso para o povo’, proclamou o artista, de 83 anos, em publicação no Instagram.
Os partidários de Bolsonaro no Congresso passaram meses considerando várias opções para aliviar a sua pena, entre elas uma possível anistia, que perdeu força após os protestos de setembro. O projeto de redução da pena ressurgiu nesta semana, dias após Bolsonaro escolher seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como seu sucessor nas eleições presidenciais de 2026. No último domingo, Flávio disse que estaria disposto a retirar sua candidatura em troca de uma anistia para seu pai.
Bolsonaro foi condenado por um plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. Segundo o Supremo Tribunal Federal, o complô incluía um plano para assassinar Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Alexandre de Moraes. A trama golpista fracassou por falta de apoio da cúpula militar.
O projeto para reduzir a pena de Bolsonaro já foi aprovado na Câmara, e começará a ser debatido no Senado na próxima quarta-feira. Em vídeo publicado no Instagram, o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, criticou a redução das penas de assassinos e defendeu um ato nas ruas ‘para proteger o que é essencial, a democracia’. Há convocações para protestos no Rio de Janeiro, em São Paulo, Brasília e outras cidades.

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