Estado cumpre lei do piso aos profissionais da enfermagem

A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) adota medidas para que profissionais de enfermagem recebam salários compatíveis com o piso nacional da categoria, estabelecido pela Lei 14.434/2022, no valor de R$ 4.750,00 para enfermeiros.

Técnicos de enfermagem têm direito a 70% desse valor. Auxiliares de enfermagem e parteiras – cargo que não existe nos quadros da SES-GO – têm direito a 50% do piso.

LEI DO PISO

O secretário Sérgio Vencio destaca que a iniciativa, além de cumprir a legislação, demonstra o reconhecimento à importância do trabalho desenvolvido por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem no contexto da saúde pública do Estado.

Para que os profissionais que atuam em hospitais da rede estadual geridos por organizações sociais (OSs) recebam salários próximos ao piso da categoria, a SES-GO faz uma complementação, por meio de assistência financeira repassada pelo Ministério da Saúde (MS) aos estados.

Os demais profissionais com vínculo efetivo recebem vencimentos superiores aos valores determinados pelo piso. No dia 21 de setembro, a pasta fez o pagamento para as OSs relativo ao repasse de Assistência Financeira Complementar da União no valor de R$ 960.200,16.

CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES

O superintendente de Monitoramento de Contratos de Gestão e Convênios da SES-GO explica que o valor repassado a cada OS é definido por meio de cálculo realizado pela SES-GO e alinhado pelo MS. O cálculo é feito com o cruzamento de informações como quantidade de profissionais, valor do salário e horas trabalhadas. Esse valor é variável, apurado mês a mês.

Levantamentos da SES-GO indicam que os profissionais do Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás Dr. Albanir Faleiros Machado (Herso) receberam o valor integral do piso em setembro.

O Instituto de Planejamento e Gestão de Serviços Especializados, OS que administra a unidade, declarou que está trabalhando para efetuar, neste ano, o pagamento referentes aos meses retroativos. Os profissionais do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) e da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos (Rede Hemo), administrados pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), já recebem o piso salarial da categoria.

Ainda estão fazendo gestões para efetuar o pagamento da complementação salarial os Hospitais Estaduais de Trindade Valda Ferreira dos Santos (Hetrin), do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, e de Formosa (HEF), geridos pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento.

É o caso também do Hospitais de Doenças Tropicais (HDT), administrado pelo Instituto Sócrates Guanaes (IS); o de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa); da Mulher Jurandir do Nascimento (Hemu) e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), geridos pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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