Estado de professor de Libras espancado em suposto assalto é grave

Familiares, amigos e membros de entidades cobram explicações e providências a respeito de um ato de violência contra um professor de Libras, em Goiânia. Luiz Pereira de França Júnior, de 54 anos, encontra-se em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após ser brutalmente espancado. A família da vítima relatou que o estado de saúde dele é crítico.

Luiz foi encontrado desacordado na Rua 4, no centro da capital, e foi levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Como estava sem identificação, a família só o encontrou na terça-feira (5). Segundo o hospital, Luiz sofreu um Trauma Cranioencefálico (TCE) grave, encontra-se sedado e intubado na UTI, em estado de saúde grave.

Ao que tudo indica, ele foi vítima de um assalto. A agressão está sendo investigada pela Polícia Civil. A suspeita é de roubo e latrocínio, pois a vítima foi roubada e seu cartão de crédito foi utilizado por terceiros. A polícia está em diligências para ouvir testemunhas e apurar as circunstâncias do crime.

Em seu perfil no instagram, a Associação dos Profissionais Tradutores, Intérpretes e Guias-Intérpretes de Língua de Sinais do Estado de Goiás (Apilgo) cobrou apoio e celeridades nas investigações a diversas autoridades:

“Quem puder nos ajudar, para devida investigação dos fatos e identificação de quem realizou tamanha crueldade. Pedimos a todos, que divulguem essa publicação e que continuemos esperançosos para que em breve o nosso querido Luiz possa estar junto a nós novamente!”

Luiz é associado a Associação de Surdos de Goiânia, que tem acento no Conselho do Direito do Deficiente (CEDD). “Precisamos da ajuda da imprensa para dar publicidade a este fato trágico que prejudica a vida de um cidadão com deficiência”, disse o presidente da entidade, Audier Silva Gomes.

 

Circunstâncias

O professor, que é surdo, saiu de casa no domingo, 3, para um almoço na Associação dos Surdos de Goiânia. Após o evento, ele não compareceu ao trabalho na segunda-feira (4), o que levou a escola em que leciona, em Aparecida de Goiânia, a notificar a família sobre sua ausência.

A família, ao descobrir o desaparecimento, registrou um boletim de ocorrência. Luiz foi localizado em imagens de segurança em frente a uma distribuidora na madrugada de segunda-feira (4) e, após três horas, foi encontrado por uma ambulância do Samu e levado ao Hugo.

Ainda de acordo com os parentes, essa não é a primeira vez que Luiz é vítima de agressão. Há 10 anos, ele foi atacado com pauladas, resultando em traumatismo craniano e sequelas persistentes. Apesar do crime anterior não ter sido devidamente investigado, a família alega que a violência foi motivada por preconceito.

 

 

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Jovem é baleada por PRF na BR-040, no RJ, na véspera de Natal

Na véspera de Natal, Juliana Leite Rangel, uma jovem de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, em Caxias, na Baixada Fluminense. O incidente ocorreu quando ela se dirigia à casa de parentes em Itaipu, Niterói.

Segundo relatos de seu pai, que também estava no veículo, ele sinalizou para encostar, mas os agentes da PRF iniciaram os disparos e balearam Juliana na nuca.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Porque você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.

A vítima foi levada imediatamente ao Hospital Adão Pereira Nunes, sendo submetida a uma cirurgia. Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Além dela, o pai também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na mesma noite do crime.

Deyse Rangel, mãe da vítima, também estava no carro no momento do incidente junto com o outro filho. “A gente viu a polícia e até falou assim: ‘Vamos dar passagem para a polícia. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, foi muito tiro”, afirmou Deyse.

A PRF não se pronunciou sobre o caso.

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