Goiás: governo estadual distribui 107 mil doses de vacinas contra Covid-19

 

O Governo de Goiás começa nesta sexta-feira (23), a distribuição das 107,4 mil doses de vacinas contra a Covid-19 enviadas pelo Ministério da Saúde ontem(22), correspondentes ao 14° lote. Do total, 86 mil unidades são da AstraZeneca e 21,4 mil da CoronaVac.

Devem receber essas doses idosos a partir de 63 anos, trabalhadores da saúde, servidores da segurança pública, do salvamento e forças armadas.  “Neste momento, vamos ampliar locais de vacinação e pedimos às pessoas que tomem conhecimento das alternativas para que não tenha demora no atendimento”, destacou o governador Ronaldo Caiado. 

Das 107,4 mil vacinas recebidas, 86.055 são para a primeira dose e o restante para segunda dose. Caiado recebeu as doses, acompanhado do secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, na Central Estadual de Rede de Frio, no Jardim Santo Antônio, em Goiânia. O governador afirmou que “as doses serão conferidas e começaremos a distribuição imediata”.

Caiado ainda chamou atenção dos municípios para que registrem, de forma obrigatória, as informações sobre os imunizantes administrados. “Que as vacinas estão sendo aplicadas ninguém tem dúvida, mas a parte burocrática, de informar junto ao Ministério da Saúde, ainda está lenta pelos municípios. Peço aos prefeitos que nos ajudem”, pediu o governador.

Ele ainda pontuou que “a segunda dose é fundamental para manter o organismo protegido”. Segundo levantamento realizado pela SES-GO, desde o início da vacinação em Goiás, 750.915 goianos já receberam a primeira dose e 252.204 pessoas a segunda.

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Exame para identificar doença rara se torna obrigatório na triagem neonatal

A partir de agora, o exame clínico para identificar malformações dos dedos grandes dos pés, típicos na Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP), será obrigatório durante a triagem neonatal nas redes pública e privada de saúde com cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida foi estabelecida pela Lei nº 15.094, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de janeiro de 2025, em Brasília.

O que é FOP?

A FOP, também conhecida como Miosite Ossificante Progressiva, é uma doença rara de causa genética, incurável e com incidência em uma em cada dois milhões de pessoas. Atualmente, estima-se que cerca de quatro mil pessoas no mundo convivem com esta condição. A doença se caracteriza pela formação de ossos em músculos, tendões, ligamentos e outros tecidos de forma progressiva, restringindo movimentos e podendo levar o paciente à imobilidade permanente.

O processo de ossificação geralmente é perceptível na primeira infância (0 a 5 anos), afetando os movimentos de pescoço, ombros e membros. Pacientes com FOP podem ter dificuldade para respirar, abrir a boca e até para se alimentar. Um sinal importante para a doença é a malformação bilateral do dedo maior do pé (hálux), presente em recém-nascidos. Aproximadamente 50% dos pacientes também têm polegares malformados. Outros sinais congênitos incluem má formação da parte superior da coluna vertebral (vértebras cervicais) e um colo do fêmur anormalmente curto e grosso.

A FOP não tem cura, mas os cuidados multiprofissionais e alguns medicamentos podem amenizar os sinais, sintomas e inflamações. O tratamento atual é baseado no uso de corticoides e anti-inflamatórios na fase aguda da doença, a fim de limitar o processo inflamatório. A assistência especializada para as crianças e adolescentes com diagnóstico de FOP é realizada em hospitais-escola ou universitários, com tratamento terapêutico ou reabilitador, conforme a necessidade de cada caso. Os Centros Especializados em Reabilitação, presentes em todos os estados, também desempenham um papel crucial nesse processo.

A nova lei representa um avanço significativo na detecção e tratamento precoce da FOP, garantindo que os recém-nascidos sejam avaliados de forma sistemática para identificar possíveis malformações associadas à doença. Isso pode melhorar consideravelmente as chances de intervenção rápida e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes afetados.

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