Estado economiza R$ 78,5 milhões na folha de pagamento

A Secretaria da Administração de Goiás (Sead) adotou desde 2019 uma série de medidas internas visando o aperfeiçoamento nos controles e na gestão da folha de pagamento dos servidores do Executivo. Só em 2023, esse controle conseguiu evitar mais de R$ 78,5 milhões em despesas impróprias.

A análise e conferência de processos de diferenças salariais, auditoria mensal de óbitos com cruzamento da base de dados da folha de pagamento e a exclusão de servidores desligados são algumas das medidas aperfeiçoadas que resultariam no pagamento de valores indevidos. A abordagem meticulosa garante a integridade dos recursos públicos e fortalece a transparência na gestão financeira.

FOLHA DE PAGAMENTO

Sead, responsável por gerenciar a folha dos servidores estaduais, desempenha um papel fundamental na implementação dessas diretrizes. Sérvulo Nogueira, titular da pasta, destaca que a ação está alinhada com os princípios da racionalidade e transparência.

“Os avanços demonstram um total comprometimento na utilização dos recursos, assegurando que haja mais investimentos em áreas prioritárias da gestão. É ainda demonstrativo da seriedade do corpo técnico do Governo de Goiás”, afirma o secretário.

REDE DE GESTÃO DE PESSOAS

Instituída em 2023, a Rede de Gestão de Pessoas, composta por unidades centrais e setoriais, atua estrategicamente para impulsionar a implementação de ações baseadas em estratégias no desenvolvimento de pessoas.

A iniciativa busca fortalecer a área, valorizar e qualificar continuamente os profissionais, alinhando e padronizando processos e procedimentos, promovendo a inovação e a disseminação de boas práticas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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