O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou de domingo, 17, em Manaus, um pacote de US$ 11 bilhões anuais para iniciativas globais de conservação, com foco especial na preservação da Amazônia. Esta é a primeira vez que um chefe de Estado americano em exercício visita a região. Durante a visita, Biden detalhou acordos bilaterais com o Brasil, incluindo uma contribuição de US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, além de recursos para o combate ao desmatamento, apoio à bioeconomia e fortalecimento das comunidades indígenas.
Esse pacote é visto como uma resposta às críticas sobre a gestão de Biden, que, apesar de ter sido eleito com a promessa de priorizar as questões climáticas, não implementou medidas substanciais ao longo de seu mandato. A visita à Amazônia marca também o fechamento do governo de Biden, que perdeu as eleições de 2024 em 5 de novembro.
Durante a visita, Biden também celebra os 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Após a passagem por Manaus, o presidente americano segue para o Rio de Janeiro, onde se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros líderes no encontro do G20. O pacote inclui investimentos diretos e parcerias com ONGs e bancos brasileiros, além de ações para combater crimes ambientais, como a mineração ilegal e o desmatamento.
Principais aportes e iniciativas para a Amazônia:
- US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, duplicando a contribuição dos EUA.
- US$ 180 milhões para reflorestamento no Pará, através da Coalizão Leaf.
- US$ 14 milhões destinados a projetos indígenas e de comunidades locais.
- Apoio à bioeconomia e produção de baixo carbono, com a meta de mobilizar US$ 10 bilhões até 2030.
- US$ 1,4 milhão para combater a mineração ilegal e o tráfico de mercúrio.
Além disso, o pacote inclui a capacitação em tecnologias para rastrear a origem da madeira ilegal e a ampliação da parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para o monitoramento via satélite e combate às queimadas na região.