“Estamos a dois anos sem corrupção” afirma Bolsonaro após denúncias

O presidente Jair Bolsonaro admitiu, nesta quarta-feira (8), que existe pessoas ”com interesse” no Ministério da Saúde, diante do orçamento diário estabelecido para a pasta de R$ 550 milhões da pasta. Ele diz que o orçamento atrairia pessoas com a intenção de ”entrar lá e fazer besteira”. Informações são do Correio Braziliense.

Mesmo admitindo, o presidente afirma que, apesar de propensão para malversação de recursos públicos e dos supostos esquemas envolvendo a pasta, seu governo não tem nenhum caso de corrupção. “Não compramos uma dose (da Covaxin), não pagamos um centavo. Estamos há dois anos e meio sem corrupção”, disse, durante entrevista à rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.

Segundo o presidente, já que o governo não comprou doses da vacina Covaxin e, nem fez pagamento das reservas, não é possível afirmar se houve ou não desvios de recursos públicos.

A CPI da Covid no Senado, no entanto, apura irregularidades existentes no contrato de compras dos imunizantes, entre elas a disparidade de doses da vacina contratada e ausência de fiscalização, ainda que temporária.

Bolsonaro ainda frisou que ”nenhum lugar do Brasil recebeu vacina que não seja do governo federal”. A declaração foi feita após questionamentos dele da eficácia da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, a primeira vacina contra Covid-19 a ser aplicada no país e que integra a lista de imunizantes do Plano Nacional de Imunização (PNI).

O chefe do Planalto ainda responsabilizou jornalistas por atos e reações quando questionado sobre corrupção em aquisição de vacinas. “De vez enquanto, eu dou uns coices mesmo. É lamentável o nível das pessoas que nos entrevistam.”

Bolsonaro afirmou, mais uma vez, que não tem conhecimento de tudo o que ocorre no governo. “São vinte e dois ministros. Um orçamento enorme. Como é que tenho conhecimento de tudo o que acontece? Agora, quando acontece alguma coisa, toma providência. Pode haver corrupção? Pode. Sempre falei isso aí. Agora, acusar de corrupção… Não foi comprado nada, não foi gasto um centavo, não recebeu nada”, afirmou, na segunda-feira.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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