O estado do Ceará registrou mais de dois mil crimes sexuais em 2024, o que equivale a uma média alarmante de cinco casos por dia. Segundo dados divulgados, mais de 40% das vítimas têm entre 0 e 11 anos de idade, representando uma parcela extremamente vulnerável da população. Embora tenha havido uma redução de 5% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 2.154 vítimas, os números ainda são preocupantes. Em 2022, foram registradas 1.909 ocorrências, evidenciando um aumento significativo ao longo dos anos. Vale destacar que a maioria das vítimas, 86%, são do sexo feminino.
No que diz respeito à faixa etária, os dados mostram que pouco mais de 23% das vítimas têm entre 6 e 11 anos, enquanto 19% são crianças de 0 a 5 anos. Essas estatísticas reforçam a fragilidade e vulnerabilidade das vítimas em relação a esse tipo de crime. Na capital Fortaleza, os números seguem a mesma tendência. Em 2024, foram 604 vítimas registradas, o que representa uma leve redução de 2% em relação a 2023, quando foram contabilizadas 616 vítimas. No entanto, em comparação a 2022, com 491 casos, o aumento ainda é expressivo.
As mulheres continuam sendo as principais vítimas desses crimes, de acordo com os registros da Polícia Civil e da Secretaria da Segurança Pública. Além disso, a faixa etária predominante em Fortaleza é de 6 a 11 anos, com um dado adicional que aponta vítimas entre 12 e 17 anos como outra parcela significativa. Com relação ao número de vítimas do gênero feminino pela Maria da Penha no Ceará, em 2024 foram registradas 2.044 vítimas, o que representa uma redução de 5,1% em relação a 2023, mas um aumento de 12,8% em relação a 2022. Quanto à faixa etária das vítimas, 23,18% têm entre 6 a 11 anos e 19,04% têm de 0 a 5 anos.
A delegada Gêrda Monteiro, da Delegacia de Defesa da Mulher, enfatiza a importância de compreender o impacto dos crimes sexuais e estar atento aos sinais de mudanças comportamentais, especialmente em crianças. Ela ressalta que os crimes podem ocorrer em diversos ambientes, incluindo espaços públicos ou privados, como filas de banco ou no ambiente de trabalho. O comportamento das vítimas, principalmente crianças, pode mudar significativamente, ficando mais introspectivas ou chorosas. Portanto, é essencial que familiares fiquem atentos a esses sinais para prevenir e combater esse tipo de crime.