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Estiagem coloca sistema da bacia do Meia Ponte em estado de alerta

Última atualização 25/07/2022 | 16:09

Há 70 dias sem chuvas na nascente do Meia Ponte, o reservatório de água da bacia de mesmo nome entrou em estado de alerta. É o segundo de seis níveis críticos de segurança, que é acionado quando a vazão fica abaixo de 9 mil litros por segundo. Atualmente, o índice é de 8.384 litros por segundo. A bacia é a principal fornecedora de água para a Região Metropolitana de Goiânia.

O índice ainda não coloca em risco o abastecimento porque os reservatórios continuam liberando água nos níveis necessários para a região. A situação hídrica da bacia vem piorando nos últimos anos, agravada por questões climáticas, e pondo em risco condições ambientais, a sociedade e as atividades que dependem das águas.

O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, destaca que a bacia que fornece água para a capital está mais abastecida do que no ano passado. Apesar da boa notícia, a população deve adotar medidas contra o desperdício. Ele afirma que a tendência de enfrentar a estiagem com menor ou nenhum risco de desabastecimento é resultado de ações conjuntas realizadas desde 2019.

“De qualquer forma, não podemos gastar água à vontade até porque estamos migrando do nível de atenção para alerta, quando a vazão fica abaixo dos 9 mil litros por segundo. A população deve se atentar ao uso racional da água. Se houver desperdício, todos teremos problemas”, afirma Amorim.

A estiagem, que teve início em maio, deve se prolongar por cerca de cinco meses e chegar até meados de outubro, mas com possível ocorrência de chuvas no centro sul do estado em setembro. Medidas simples como reduzir o tempo no banho, fechar a torneira ao escovar os dentes e varrer em vez de lavar calçadas são medidas simples que podem impactar na conta de energia elétrica.

Somente no ano passado, a energia consumida pelos brasileiros teve 62% do total originada em hidrelétricas. Ou seja, quanto menos água nos reservatórios, menor a capacidade geradora de energia e maior utilização de termelétricas, que têm custo mais elevado. Há sete anos, as bandeiras tarifárias fazem parte da rotina da população para alterar o preço da energia conforme a existência e intensidade de escassez de chuvas.