Nesta terça-feira, 29, o estilista francês Pierre Cardin morreu aos 98 anos no hospital de Neuilly-sur-Seine, ao lado de Paris. A morte foi confirmada pela família para a Agência France Presse, porém não foi informada a causa.
“Dia de grande tristeza para toda a nossa família, Pierre Cardin já não está. O grande costureiro que foi, atravessou o século, deixando à França e ao mundo uma herança artística única na moda, mas não apenas isso”, escreveu a família no comunicado. “Todos temos orgulho da sua ambição tenaz e da ousadia que demonstrou ao longo da vida.”, acrescentou.
O estilista, vanguardista, foi um dos responsáveis pela retomada da alta costura na França pós-guerra e ícone do “prêt-à-porter”. Ele também introduziu grandes tendencias na moda, como as coleções exclusivamente masculinas e as peças unissex.
Cardin também se popularizou na Ásia e nos Estados Unidos. Além da moda, ele possuía negócios de hotelaria, perfumaria e restaurantes, os quais fazia questão de administrar.
Em 2019, um documentário em sua homenagem foi exibido no Festival de Veneza. O “House of Cardin”, de P. David Ebersole e Todd Hughes, mistura momentos de sua carreira e sua vida pessoal.
Entre seus principais trabalhos estão a criação dos figurinos do filme “A bela e a fera” (1946), quando trabalhava na casa Paquin, em Paris, da renomada estilista Jeanne Paquin. Ele também foi o primeiro funcionário de Christian Dior e colaborou na criação do tailleur Bar, uma das peças mais renomadas da marca.
Em 11950 ele criou seu próprio ateliê. Entre suas peças mais famosas está o “vestido bolha”. O estilista vestiu diversos famosos como os Beatles, a atriz Jeanne Moreau, com quem se relacionou por quatro anos, a atriz Charlotte Rampling e a bailarina Maya Plisetskaya.
Foto: MARCO BERTORELLO / AFP
