Estilos favoritos, arrependimentos: como é o mercado de tatuagens em Goiânia?

Outside Tattoo tatuagens Goiânia

Estilos favoritos, arrependimentos: como é o mercado de tatuagens em Goiânia?

De acordo com o Instituto Alemão Dalia, em pesquisa de 2019, o Brasil é o 9º país na lista de pessoas com mais tatuagens no mundo. O mercado em questão vale mais de 3 bilhões de dólares e vem crescendo ano após ano. Em Goiânia, o segmento apresenta concorrência, espaço e oportunidades.

A visão de mercado

Jubarte Tattoo
Thiago, o “Jubarte Tattoo” (Foto: Arquivo pessoal)

Thiago Dornelas, de 37 anos, é natural de Muriaé-MG, mas mora em Goiânia. Há cerca de seis anos no mercado de tatuagens, ele atua também como designer gráfico, infografista, empresário dono de bar, chargista de um jornal do Rio, quadrinista e designer de games. De acordo com ele, a capital goiana é um ótimo lugar para ser tatuador.

“Mercado de tatuagem em Goiânia é muito bom. Tem muito espaço, dá para trabalhar com vários estilos diferentes. Você não precisa ficar preso à mesmice, o pessoal está com a cabeça muito aberta, saindo de tendências ou modismo. Estão aceitando ideias de artistas, trazendo ideias novas. O Instagram ajuda muito”, afirma.

Segundo Thiago, cujo nome artístico é Jubarte Tattoo, a maioria de seus clientes possui entre 20 e 35 anos. Isso vai de encontro a uma pesquisa da Harris Poll, a qual informa que pessoas entre 18 e 35 anos têm 47% de probabilidade de fazer uma tatuagem.

A situação é a mesma com Anaharenna Araújo. Natural de Aurora do Tocantins, a tatuadora de 29 anos está desde 2017 atuando apenas nessa profissão, e também conta com um público majoritariamente da mesma idade. Na sua visão, a capital goiana tem bastante espaço para o mercado de tatuagens, mas é preciso fazer o trabalho bem feito.

“Goiânia tem muitos tatuadores e a cada dia surgem mais e mais, então a concorrência é bem grande. Você tem que oferecer um trabalho de alta qualidade para se destacar. Pela mudança de estúdio, minha procura vem aumentando”, relata a Harenna Ink, que atende na Outside Tattoo.

Preferências de tatuagens

Harenna Ink
Anaharenna, a “Harenna Ink” (Foto: Arquivo pessoal)

Durante a pandemia, Thiago e Anaharenna tiveram de se reinventar no mercado de tatuagens. Jubarte deixou de trabalhar na maior parte de 2020, voltando aos poucos com os protocolos e retornando de vez apenas quando começaram a surgir as vacinas.

Harenna Ink precisou realizar promoções constantes para se manter em atividade. Com a flexibilização dos protocolos, o segmento passou a retornar totalmente. Com ele, voltaram as preferências do público.

“Eu trabalho com blackwork, linhas finas e meu público acaba se encaixando nesses estilos. Quando tem procura por colorido, por realismo, faço indicação para outros tatuadores”, diz Anaharenna.

Thiago, por sua vez, declara que muitas vezes traça a sua arte em cima de desenhos que seus clientes sugerem, e que também está buscando realizar artes diferentes. “Estou com artes mais específicas, em um nicho mais singular”, detalha.

Arrependimentos do público

Na vivência de Anaharenna, uma das maiores causas de arrependimentos tem relação com tatuagens mal feitas, quando os clientes não escolhem um bom profissional. Contudo, no topo da lista estão artes com nomes de parceiros anteriores. Acontece o mesmo na experiência de Thiago.

“Como tatuador profissional, a gente consegue ter uma base de quais tatuagens o pessoal costuma se arrepender, que às vezes reclama ou vai cobrir. Normalmente, eu evito essas tatuagens, principalmente relacionadas a namorados ou coisas do tipo. Essas eu não faço. Tem algumas também de modismo, que as pessoas vão na empolgação. Tento sempre conversar com as pessoas para não fazer, e normalmente o pessoal escuta”, conclui. Por conta disso, segundo o próprio, seu nível de reclamação acaba sendo baixo.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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