Estradas com pedágios registram alta de fluxo de veículos em 2023

veículos

Um levantamento identificou aumento no tráfego de veículos nas rodovias brasileiras com pedágio. A alta foi de 3,8% comparada a abril do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). O maior fluxo ocorreu entre os de tipo leve. O índice positivo é ainda mais alto se avaliados os últimos 12 meses (4,9%).

 

“O resultado de pesados representa uma devolução do expressivo aumento do mês anterior, o que está associado com fatores de calendário. Do ponto de vista macroeconômico, a oscilação dos últimos resultados representa uma tendência de menor dinamismo, desempenho associado ao baixo dinamismo da produção industrial, que capta a diminuição da demanda interna por bens de consumo e encarecimento de insumos produtivos”, destacam os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Cardoso.

 

Apesar das estatísticas animadoras, os especialistas acreditam que o cenário pode mudar. Eles apontam fatores como crédito, desemprego e inadimplência como possíveis “freios” da sequência de alta. No caso dos veículos pesados, a perspectiva também é de desaceleração do fluxo por causa das alterações nas safras agrícolas. A análise é mais favorável para os veículos leves, principalmente entre  as famílias de maior renda.

 

Goiás tem nove praças de pedágio em rodovias federais BRs-153, 080, 040, 114, 050, 060 e 262. A saída da Triunfo Concebra da administração da BR-153 tem data marcada, mas a chegada da substituta ainda é uma incógnita. Uma nova empresa deve assumir o trecho somente no final de 2023, se não houver imprevistos. Em novembro de 2023 termina o prazo acordado entre a concessionária e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para administrar o trecho onde passam milhares de veículos diariamente. 

 

Estatística

 

Abril de 2022 comparado a abril de 2023: 

↑ 3,8 (↑ 5,6% veículos leves e ↓1,9%  em veículos pesados)

 

Abril de 2022 até abril de 2023: 

↑ 4,9 (↑ 6,1% veículos leves e ↑1,4%  em veículos pesados)

 

Fonte: ABCR

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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