Estudante agredido por policial militar sai da UTI

O estudante de ciências sociais Mateus Ferreira da Silva, agredido violentamente na cabeça com um cassetete por um policial militar no último dia 28 de abril em Goiânia (GO), teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Goiânia (HUGO) na noite de ontem (8) e foi transferido para um leito da enfermaria.

Segundo boletim médico divulgado na manhã de hoje (9), o estado de saúde do paciente é estável. Ele respira sem ajuda de aparelhos e está consciente, orientado e já consegue falar.

Graduando em ciências sociais na Universidade Federal de Goiás (UFG), Mateus participava da greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária quando levou um golpe na testa do capitão da Polícia Militar Augusto Sampaio de Oliveira Neto.

Dias depois do episódio, o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás, Ricardo Balestreri, apresentou uma proposta de um novo código de ética para a PM do estado. O projeto consiste na capacitação permanente para o uso progressivo racional da força. Segundo Balestreri, a intenção é consolidar um novo método prático, profissionalizado e científico para o uso da força policial.

Mateus é formado em ciências da computação e está no terceiro semestre do curso de ciências sociais. Segundo a mãe do jovem, Suzethe Barboza, ele trabalha desde os 14 anos de idade.

Por conta da agressão, o estudante teve quadro de traumatismo crânio encefálico, várias fraturas no rosto e ficou 11 dias internado na UTI.

Fonte: Agência Brasil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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