Estudante alerta sobre funk pesado e viraliza na rede

“sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua”

Uma estudante da Paraíba viralizou no Facebook com uma foto em que faz um alerta contra o funk “Surubinha de leve”, do MC Diguinho. O post em que Yasmin Formiga aparece foi compartilhado mais de 80 mil vezes em menos de 24 horas.

O post foi divulgado nessa segunda-feira (15), nele a garota aparece com o rosto maquiado, como se tivesse sido agredida. Na legenda, provocações: “sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua”, escreveu em referência à letra da canção, que concorre ao posto de hit do Carnaval deste ano.

Além do post a estudante fez uma petição para que o Spotify retira-se a música que após ter viralizado está no topo da lista que reúne as músicas mais virais brasileira chegando a entrar na lista global. Assim Yasmim Formiga escreveu, “não devemos valorizar e compartilhar musicas e/ou artistas de todas as áreas que fortaleçam a cultura do estupro; que aumentem os dados do feminicídio; que preguem a violência; que promovam a misoginia; que criem traumas e dores. Se sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua ela não me serve, não me representa. #naoaviolenciacontraamulher”.

A publicação tem dado o que falar nas redes sociais, alguns internautas apoiam o manifesto da estudante dizendo que o funk faz sim apologia ao estupro. Outros chegam a sugerir inclusive, que a música seja denunciada no canal em que foi divulgada no YouTube. Porém, há quem diga que os crimes sexuais já existiam antes de a música ser lançada e que ninguém “falava nada”, ou mesmo, que utilizam o fato de que as mulheres do clipe não estão sendo forçadas a nada e que isso seja apenas mais uma forma de polemizar. O canal em que “Surubinha de leve” está tem recebido, desde então, dezenas de críticas.

Em resposta a música o canal de Carol e Vitoria Oficial, que são conhecidas por fazerem respostas a várias músicas publicou na terça-feira (16), uma resposta feminina a “Suribinha de leve”, onde elas já conseguiram 845.836 visualizações, 192 mil curtidas e 13 mil comentários. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=nIAhupbZW2Q

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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