Estudante autista é rejeitado em universidade goiana por não ser pardo

autista

Um sonho que virou pesadelo. Essa é a realidade vivida pelo jovem Elizeu Augusto de Freitas, de 19 anos, que é autista e autodeclarado pardo, mas que teve a matriculada negada pela Universidade Federal de Jataí (UFJ), que não considerou que ele tenha esse fenótipo. O estudante havia sido aprovado em primeiro lugar na categoria L10 do Sistema de Seleção Unificada (SiSu), para o curso de medicina na instituição de ensino.

Morador de Porto Velho, em Rondônia, Elizeu passou por todo processo exigido pela universidade, enquanto acompanhava os editais para as vagas destinadas aos candidatos com deficiência, no caso dele, por ser autista, e também autodeclarados pretos, pardos ou indígenas.

Além disso, os interessados precisam ser de famílias que possuem renda bruta mensal igual ou menor que um salário mínimo e meio por pessoa, além de ter feito todo o ensino médio em escola pública. A decisão da universidade aconteceu durante uma entrevista, realizada de maneira remota.

Justiça

Ao jornal O Popular, a família de Elizeu relatou que já procurou um advogado para recorrer da decisão. Enquanto o processo tramita na Justiça, o jovem segue otimista e acredita que irá conseguir reverter a situação em que foi colocado.

“Eu fiquei bem surpreso. Tinha certeza que iria passar. É bem óbvio o fato de eu ser pardo, então a decisão me surpreendeu. Estamos com um advogado que entrou com um pedido de liminar. Em primeira instância, o juiz negou. Disse que a avaliação da instituição deveria prevalecer. Ontem fizemos um exame dermatológico. O laudo que comprova que sou pardo irá se juntar aos demais documentos na ação”, contou.

Em nota, a universidade explicou que todas as pessoas que se inscrevem nas modalidades de reserva de vagas destinadas a pessoas pretas, pardas ou indígenas são avaliadas pela Comissão Permanente de Heteroidentificação.

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Piloto de F1 Yuki Tsunoda fica detido na imigração dos EUA por três horas e quase perde o GP de Las Vegas

Yuki Tsunoda, piloto da equipe RB na Fórmula 1, enfrentou um imprevisto bastante inusitado antes de participar do GP de Las Vegas neste fim de semana. O japonês foi detido na imigração dos Estados Unidos por cerca de três horas, correndo o risco de ser mandado de volta ao Japão e perder a corrida. O motivo? O agente da imigração não acreditou que ele fosse um piloto de F1, pois estava de pijama.

Tsunoda, que já havia estado nos EUA recentemente para o GP de Austin, no Texas, e para o de Miami em maio, explicou que não compreendeu o motivo da parada, já que estava com toda a documentação correta. “Estava de pijama, então talvez eu não parecesse um piloto de F1. Durante a conversa, até me perguntaram sobre o meu salário, o que foi desconfortável. Eu não conseguia dizer nada e senti muita pressão”, comentou o piloto.

O japonês revelou que, mesmo com a documentação adequada e o visto, não foi permitido que ele ligasse para sua equipe ou para a Fórmula 1 para esclarecer a situação. “Eu queria ligar para a equipe ou para a F1, mas na sala da imigração não podia fazer nada”, explicou. Felizmente, a situação foi resolvida após intensas conversas, e Tsunoda conseguiu entrar no país a tempo de disputar o GP.

Este episódio ilustra os desafios que os pilotos enfrentam com a imigração nos Estados Unidos, especialmente desde que a Fórmula 1 passou a ter mais de um evento no país a partir de 2022. Com isso, casos envolvendo contestação de vistos e documentação começaram a se tornar mais frequentes, colocando em risco a participação dos competidores em corridas como o GP de Las Vegas. Tsunoda, no entanto, destacou que a experiência ficou para trás e agora está focado na disputa da corrida.

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