Estudante baleado por policial militar aposentado no RJ

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Um policial militar aposentado atirou em Igor Melo, um estudante de publicidade, confundindo-o com um assaltante no Rio. Igor perdeu um rim e está sob custódia.

O incidente ocorrido na Penha

Igor Melo de Carvalho, um estudante de publicidade e propaganda na Universidade Celso Lisboa, foi baleado por um policial militar aposentado na madrugada de segunda-feira, 24 de fevereiro, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. O policial, marido de uma mulher que teve o celular roubado, perseguiu dois homens em uma moto, acreditando que eram os criminosos. Ao se aproximar, ele atirou e atingiu as costas de Igor, que voltava para casa de mototáxi após trabalhar como garçom em uma casa de samba na Penha.

A vida de Igor antes do incidente

Igor, casado e pai de um menino de dois anos, mora em Turiaçu. Ele trabalha durante a semana na própria faculdade e complementa a renda como garçom nos fins de semana. O estudante usava o uniforme de trabalho quando foi baleado. As imagens de câmeras de segurança mostram Igor esperando o mototáxi na saída do estabelecimento às 1h06. Ele percebeu um carro em alta velocidade atrás da moto e, em seguida, ouviu os disparos. Após ser atingido, Igor conseguiu se arrastar até uma casa próxima e pediu socorro ao dono da casa de samba.

Consequências do tiroteio

O mototaxista, que não foi baleado, se feriu ao cair da moto e também foi levado ao hospital. A investigação está em andamento na 22ª Delegacia de Polícia (DP), na Penha. A Polícia Militar informou que um policial da reserva se apresentou como autor dos disparos. Igor está internado no hospital estadual Getúlio Vargas, onde seu estado de saúde é considerado estável. Ele perdeu um rim e sofreu perfurações no estômago e no intestino.

A confusão e a falsa acusação

A situação se complicou quando uma mulher, que teve o celular roubado, afirmou à polícia que Igor estava na garupa do mototaxista, levando a uma confusão que fez com que ele fosse tratado como suspeito. “Igor está sendo tratado como marginal, como bandido no hospital Getúlio Vargas”, disse Pâmela Carvalho, prima de Igor. “Ele passou por uma cirurgia intensa, perdeu um rim. As regiões do estômago e do intestino também foram perfuradas”, completou.

A defesa de Igor

O advogado Rodrigo Mondego, que acompanha a família por meio da Comissão Popular de Direitos Humanos, destacou que Igor sofreu uma gravíssima violência por parte de um policial da reserva e foi falsamente acusado. “Igor é inocente e vítima de toda essa situação e assim deve ser tratado pelas autoridades”, afirmou Mondego.

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