Estudante de direito reflete sobre o papel do Direito Internacional na promoção da paz e justiça

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Estudante participa de curso intensivo e reflete o direito internacional como
‘instrumento de promoção da paz e da justiça’

Milena Borges Lima, de 20 anos, é moradora de Presidente Prudente (SP).

A estudante de direito, Milena Borges Lima, de 20 anos, tem traçado seu caminho
no Direito Internacional com paixão e propósito. Natural de Presidente Prudente
(SP),
a estudante concluiu um curso intensivo e on-line promovido pelo Centro de
Direito Internacional, que reuniu especialistas do mundo todo para discutir
temas como conflitos globais, Direito do Mar e os desafios da justiça no
ambiente digital.

Conforme a estudante, o curso foi promovido pelo Centro de Direito Internacional
do Centro de Estudos em Direito e Negócios (Cedin), sediado em Belo Horizonte
(MG), e realizado
de forma totalmente on-line.

Além disso, teve duração de duas semanas, com uma média de três palestras por
dia.

Para participar, Milena concorreu a um concurso de bolsas, onde era necessário
“enviar uma carta explicando o motivo de que você deveria ser gratificado com o
ingresso e, então quatro pessoas ganharam essa bolsa”, sendo a jovem uma das
ganhadoras do ingresso.

Ao DE, Milena compartilhou
que a experiência foi extremamente enriquecedora.

> “Pude aprender muito com todos os palestrantes, que vinham de diferentes
> partes do mundo e trouxeram perspectivas variadas sobre temas relevantes do
> direito internacional”, pontuou.

Ela ainda citou que foram discutidos diversos assuntos, como o direito
internacional na África, Direito do Mar, conflitos contemporâneos e até mesmo a
aplicação do Direito Internacional no ambiente digital.

> “O curso me proporcionou uma visão mais ampla e atualizada sobre o papel do
> direito internacional, em especial na proteção dos Direitos Humanos”, afirmou
> a estudante.

Segundo ela, os grupos de estudos e competições do centro universitário lhe
proporcionaram experiências marcantes na área.

“Uma das mais significativas foi a elaboração de um Amicus Curiae, enviado e
publicado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em uma de suas Opiniões
Consultivas. Também participei de diversas Moot Courts, como a Iamoot
[Inter-American Human Rights Moot Court Competition], realizada em Washington.
Participei da 30ª edição da Iamoot este ano, e, conjuntamente com meu amigo Luiz
Fernando Bozza Pinheiro, alcançamos a semifinal, o que também nos permitiu
ampliar nossa rede de contatos com outros estudantes e profissionais
interessados em Direito Internacional e Direitos Humanos”, afirmou.

A jovem citou uma das palestras que mais lhe marcou sobre a importância do
direito internacional diante dos conflitos internacionais da atualidade, em que
o juiz do Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos, Fatsah Ouguergouz,
da Argélia, recordou com carinho de seu amigo brasileiro, o juiz Antônio Augusto
Cançado Trindade, que foi juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do
Tribunal Internacional de Justiça.

> “O juiz Ouguergouz destacou que Cançado Trindade utilizou o direito
> internacional como instrumento de promoção da paz e da justiça. Essa fala me
> marcou profundamente, pois acredito que esse é, de fato, o papel essencial do
> direito internacional e dos Direitos Humanos: servir às pessoas”, destacou ao DE.

Para ela, o direito internacional é uma ferramenta importante para os conflitos
da atualidade.

“Embora o direito internacional enfrente limitações práticas, principalmente
quanto à sua aplicabilidade em situações de guerra ou violações sistemáticas,
ele oferece mecanismos fundamentais de proteção aos Direitos Humanos”, ressaltou
ao DE.

Milena ainda ressaltou que a área consegue fazer frente aos conflitos mundiais,
“principalmente quando há vontade política dos Estados em cooperar”.

“Mesmo com as limitações, o Direito Internacional dos Direitos Humanos, em sua
essência, visa proteger os indivíduos de medidas arbitrárias praticadas pelos
Estados”, completou a estudante.

A jovem compartilhou que deseja atuar na proteção de pessoas para além das fronteiras
nacionais.

> “Meu objetivo é, inicialmente, consolidar minha atuação profissional no país
> e, posteriormente, aprofundar meu envolvimento com o Direito Internacional”,
> finalizou Milena.

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