Press "Enter" to skip to content

Estudante de medicina presa no 8 de janeiro quer R$ 100 mil para retornar à USP

Última atualização 09/01/2024 | 14:22

Uma aluna de medicina da Universidade de São Paulo (USP) abriu uma vaquinha para tentar arrecadar R$ 100 mil e retomar o curso neste ano. A estudante ficou sete meses presa por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Segundo o Metrópoles, após ter a prisão revogada, em agosto de 2023, a engenheira Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares, de 36 anos, trancou a matrícula na Faculdade de Medicina da USP e retornou para a casa em Fortaleza.

A engenheira foi solta mediante o uso de uma tornozeleira eletrônica, que ela customizou com uma bandeira do Brasil. Roberta está proibida de usar redes sociais, sair à noite, viajar ou conversar com outras pessoas que também participaram dos atos golpistas.

“Desde agosto estou em Fortaleza. Saio apenas uma vez na semana para me apresentar à Justiça e ao fórum. Estou com saudades de estudar, de ver os pacientes, de perceber a continuação da minha jornada, que foi tão difícil de trilhar”, escreve no site da vaquinha.

No site da vaquinha online, a estudante de medicina explica que pode retornar à universidade em 2024 e apresenta um cálculo dos gastos para justificar os valores pedidos. Inicialmente, ela pedia R$ 1 milhão, mas depois alterou o valor para R$ 100 mil.

Cálculos para justificar os R$ 100 mil

A estudante calcula precisar de R$ 50 mil para pagar os primeiros meses de aluguel em um local próximo à faculdade, além das contas de água e luz, eletrodomésticos, colchão e até mesmo livros de estudo. “Também não tenho mais o meu tablet, ele era a minha ferramenta de estudo. Está retido junto com meu celular”, diz.
Roberta quer R$ 20 mil para iniciar uma produção própria de camisetas, que serviriam como uma forma de renda. A ideia é iniciar a produção com mil camisas contendo “mensagens de vida” e com o propósito de serem “sementes no Brasil”.

A aluna diz que “gostaria muito de honrar” as despesas no valor de R$ 30 mil que teve quando foi presa. Ela também afirma que pretende utilizar o dinheiro em viagens para ver a família em Fortaleza e para escrever um livro contando sua história.