Beatriz Leão Montibeller Borges, uma estudante de medicina veterinária suspeita de gerenciar as finanças de um grupo ligado ao tráfico de drogas no Paraná, foi presa na última sexta-feira em um apartamento de luxo em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A jovem de 25 anos estava foragida desde março, quando a Polícia Civil do Paraná realizou uma operação que resultou na prisão de oito pessoas ligadas à quadrilha. Na época, as autoridades afirmaram que Beatriz era conhecida como a “musa do tráfico”.
De acordo com o delegado Thiago Andrade, da PCPR, a estudante mantinha um relacionamento com um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraná, o que a levou a se envolver nas atividades criminosas do grupo. Além de gerenciar as finanças, Beatriz determinava o que o bando poderia ou não adquirir, incluindo drogas, lavagem de dinheiro e porte ilegal de armas. O delegado destacou que o chefe do PCC financiava o estilo de vida luxuoso que a estudante ostentava nas redes sociais, incluindo viagens, faculdade e academia.
Após a prisão no Rio de Janeiro, Beatriz foi encaminhada ao sistema penitenciário local, mas a PCPR solicitará sua transferência para o Paraná. O delegado Andrade informou que a estudante será interrogada para avançar nas investigações e obter sua versão dos fatos. Nas redes sociais, Beatriz afirma ser natural de Bagé, no Rio Grande do Sul, e residir em Curitiba, onde está matriculada em uma faculdade de medicina veterinária. Além disso, ela é proprietária de três empresas, atuando em diversos setores.
A operação realizada em março foi resultado de uma investigação sobre as atividades do grupo criminoso atuante em Curitiba e região metropolitana. Segundo o delegado Andrade, dois dos principais integrantes da quadrilha cumpriam pena no sistema prisional, mas continuavam dando ordens para o tráfico de drogas por meio de pessoas externas. A polícia mapeou os indivíduos que serviam como “braços” dos líderes criminosos para distribuição de drogas, aquisição de armas e outros bens ilícitos.
A prisão de Beatriz Montibeller Borges chamou a atenção da imprensa e do público, evidenciando a complexidade das conexões entre criminosos e indivíduos aparentemente comuns. A PCPR e as autoridades do Rio de Janeiro seguem colaborando para esclarecer o envolvimento da estudante de medicina veterinária com a facção criminosa e coibir as atividades ilícitas dos grupos organizados. A prisão da jovem reforça a importância do combate ao crime e da investigação criteriosa para garantir a segurança da população.