Um professor de medicina proibiu uma aluna do 8º período de participar de uma dinâmica acadêmica porque ela estava com a filha de quatro meses na sala de aula. Segundo o professor, a estudante não poderia integrar a atividade porque a bebê “não pagava mensalidade” como os outros. O caso aconteceu na Universidade Tiradentes, em Aracaju, em Sergipe.
Ao G1 Bahia, a estudante informou que se sentiu impotente. “Sentei e continuei assistindo à aula, mas não aguentei e saí com minha filha para chorar”, disse.
Já fora da sala de aula, ela conta que recebeu ajuda de dois colegas e, posteriormente, pediu auxílio na coordenação do curso, que relatou que as normas não permitem que crianças fiquem na sala de aula. “A funcionária me chamou para dentro da sala, ofereceu água e deixou amamentar minha filha. Depois disse que, realmente, as normas não permitem que crianças fiquem na sala de aula”, afirmou.
De acordo com ela, a funcionária se dispôs a conversar com a coordenadora para encontrar uma solução para o transtorno criado. Então, a estudante voltou para a sala, mas falou sobre o motivo de ter saído da aula. “Falei que saí da sala de aula porque precisava chorar e que tinha ficado chateada com a forma que ele falou sobre minha filha não pagar mensalidade. Expliquei que eu pagava a mensalidade muito alta e não podia faltar porque não tinha com quem deixar minha filha”, relatou.
Diante do exposto, o professor se desculpou e disse que o comentário foi apenas uma “piada”, completando dizendo que “assim como sua filha é uma santa e não chora, o filho de Joãozinho poderia ser um capeta”. No entanto, a estudante disse que se a filha começasse a chorar, ela se levantaria e sairia, evitando prejudicar os colegas.
Solução
Na tentativa de encontrar uma solução, a aluna afirmou, ainda ao G1 Bahia, que enviou um e-mail para a coordenação do curso questionando se em caráter de urgência poderia levar a filha para a aula. Entretanto, até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre a resposta recebida.