Estudante é suspeito de oferecer presentes à menor em troca de nudes, em Anápolis

Estudante é suspeito de oferecer presentes à menor em troca de nudes, em Anápolis

Um estudante de 24 anos foi preso suspeito de se aproximar de um adolescente de 13 anos para pedir nudes e postar nas redes sociais. A prisão ocorreu nesta quinta-feira, 5, na casa do suspeito em Anápolis, a 55 km de Goiânia.

Segundo a Polícia Civil (PC), Gustavo de Oliveira Ribeiro oferecia ”presentes”, como créditos em games, em troca de fotos e vídeos e, depois, postava os conteúdos em perfis fakes.

A investigação de crime contra menor

A investigação começou em outubro de 2022, após denúncias feitas pelos pais do garoto de 13 anos. De acordo com o delegado Manoel Vanderic, do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delito de Intolerâncias (Geacri) em Anápolis, os adultos encontraram diversos perfis falsos que estavam divulgando nudes do filho, além de materiais homofóbicos e de injúria de outros menores de idade.

“Através das investigações e da quebra dos dados cadastrais, chegou-se à residência e ao computador de Gustavo. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência deste, foi localizado um vasto material pedófilo, com vídeos e fotos desse menor, durante conversas e diálogos que eles mantinham online”, contou.

Foi descoberto que Gustavo mantinha conversas com o adolescente desde 2021, quando se aproximou da vítima com interesse em jogos on-line. Após isso, criaram uma amizade virtual e o suspeito passou a oferecer ”presentes” ao menino, que tinha 11 anos na época, em troca de nudes.

“Apurou-se que esse autor atraía o menor com suposto interesse em jogos online e o convenceu a gravar esse material que estava armazenado em sua residência”, contou o delegado.

A polícia descobriu também que Gustavo criou, no ano passado, vários perfis fakes em redes sociais onde expôs nudes da vítima. A investigação conseguiu identificar o titular e o endereço do criador do perfil, que seria Gustavo. Na casa do suspeito foram apreendidos objetos eletrônicos, que serão periciados.

Defesa e prisão

Em nota, o advogado de Gustavo lamentou a exposição do suspeito e negou que o cliente tenha armazenado qualquer tipo de material de cunho pornográfico envolvendo menores. Ele alega também que Gustavo foi vítima de “armação, que será provada por meio de perícia, que o seu computador foi invadido por terceiros, e plantaram essas informações”.

Gustavo foi preso e indiciado pela Polícia Cívil por armazenar material de pedofilia e por estupro de vulnerável. A PC acredita que ele possa ter feito outras vítimas.

A Polícia Civil autorizou a divulgação de imagem e identificação do suspeito com o objetivo de que a publicação possa ajudar no surgimento de novas vítimas. A PC disse que eventuais outras vítimas do suspeito devem procurar o Geacri de Anápolis ou entrar em contato pelos telefones 197 e (62)3328-2736.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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