O Diário do Estado teve acesso à história de Luís Fernando Marchetti, estudante de medicina da UniNove, no estado de São Paulo. Até chegar ao ponto de realmente estudar, o futuro médico passou por dificuldades junto à universidade: aprovado no processo seletivo do primeiro semestre de 2019, Fernando teve sua matrícula postergada por 2 anos.
O advogado que defendeu o rapaz, Iure Coelho, conta: “foi informado pelo atendente, que o DRI, documento que autoriza o financiamento do curso na Universidade junto ao FIES, não seria emitido naquela ocasião, uma vez que o semestre para o qual havia inscrito já estava em andamento, e, segundo o edital, para não ser prejudicado, o aluno deveria ter sua inscrição adiada para o próximo semestre”, conta o profissional.
Já na segunda quinzena do mês de maio de 2019, o estudante recebeu um telefonema da secretaria da faculdade, informando que alguns campus não teriam turmas no segundo semestre. Entre eles, os da cidade de São Bernardo do Campo, onde o rapaz iria estudar. O advogado protesta: “Isso é impossível, já que medicina sempre lota todas as turmas!”.
Sendo assim, informado para comparecer na secretaria como solicitado pelo FIES, Fernando assinou um termo de ciência para que sua inscrição ficasse para o primeiro semestre de 2020. Em 19 de dezembro de 2019, veio a surpresa: um atendente da instituição disse ao rapaz que nenhuma inscrição constava no sistema com o seu CPF.
Pelo contrário, constava que Fernando tinha uma inscrição vencida para o segundo semestre de 2019, desde 25 de julho. Somente agora, dois anos depois da primeira tentativa, em 2021, sob decisão da Justiça, Fernando cursa medicina. “Consegui uma decisão judicial e agora meu cliente está cursando medicina e aguardando uma decisão final quanto ao mérito e ao dano moral, por ter ficado mais de 2 anos sendo protelado pela UniNove“, conclui Iuri.
Procurada, a UniNove não deu resposta, mas o Diário do Estado ainda está à disposição para a anexação de notas-resposta por parte da faculdade.