Estudante tatua “Butantan, vacine aqui”, em São Paulo

Neste domingo, Noriel Henrique Ramos, que vive em General Salgado, São Paulo, tatuou na pele o local que vai receber a vacina. O estudante de direito registrou no braço esquerdo “Butantan, vacine aqui”.

De acordo com Noriel, essa é a sua primeira tatuagem e pediu para o amigo tatuador, que mora com ele, marcar o símbolo em seu braço, como forma de incentivo à vacinação.

“Foi minha primeira tatuagem e fiz para incentivar a vacinação, porque algumas pessoas têm ficado com medo. Quem sabe a tatuagem ajuda as pessoas a perceberem que podem ser vacinadas e que tudo isso pode acabar o quanto antes”, contou ele ao G1.

O estudante reforçou que acredita que a imunização seja muito importante já que a própria mãe já foi diagnosticada com Covid-19, no fim do ano anterior. Ademarcia Ferreira Ramos, 43, teve febre, dor de cabeça, dor de garganta e nos ouvidos.

“Foi um susto, mas minha mãe está se recuperando. Graças a Deus ela não precisou ser hospitalizada e está fazendo a quarentena em casa, mas ela ficou muito mal. Não é brincadeira”, declara.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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