Estudantes da rede pública de ensino participam maratona de programação

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Estudantes da rede pública de ensino participam maratona de programação

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Goiás (Secti), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (Ceia/UFG), promove, nesta terça e quarta-feira (23 e 24/05), a terceira edição do Bootcamp Low Code.

A expectativa é de que 192 alunos e 64 professores da rede estadual de ensino e das Escolas do Futuro de Goiás (EFG) participem da maratona, na EFG Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia. Serão 32 equipes, cada uma composta por seis alunos e dois professores. A maratona tem o objetivo de desenvolver o pensamento computacional e habilidades de programação e empreendedorismo em crianças e jovens de 9 a 20 anos.

O Bootcamp Low Code é uma etapa de preparação das equipes para a Hackthon Low Code, que acontece durante a Campus Party Goiás, entre os dias 7 e 11 de junho. As equipes terão de desenvolver o protótipo de um software, utilizando ferramentas simples de programação, criar um nome, justificativas, identidade visual e interface para o projeto.

Para o titular da Secti, José Frederico Lyra Netto, esta é uma oportunidade única para os estudantes. “Esta experiência desperta o interesse dos nossos jovens por tecnologia. Na maioria dos casos, é o primeiro contato que eles têm com programação. Eles começam a entender que podem fazer a diferença na sociedade, desenvolvendo soluções inovadoras. Não tenho dúvida de que este projeto tem potencial para mudar a vida de muitos jovens e impactar positivamente suas famílias”, salienta o secretário.

Já a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, destaca a inclusão de alunos indígenas e quilombolas. “É um momento muito especial no qual esses jovens podem explorar sua imaginação, sua criatividade e exercer o protagonismo. É uma experiência que, certamente, contribui para o desenvolvimento dentro e fora da escola. O Bootcamp, abrindo possibilidade para que indígenas e quilombolas também participem, mostra que esse é um governo que cuida de todos”.

Programação

Durante os dois dias de maratona, os alunos participam de palestras sobre “Confiança Criativa” e “Criando seu primeiro Pitch”, com a instrutora Margareth Ribeiro do Sebrae Goiás; desafio da caixa maker e capacitação “Lean Canvas”; além do desenvolvimento da prototipação e do pitch, mais a rodada de mentorias, revisão e apresentação dos projetos.

Para desenvolver os projetos, os alunos contam com o apoio de professores que já participaram da formação “Criando soluções inovadoras: da ideia à prototipação”, realizada em abril. Com carga horária de 40 horas, o curso abordou os conteúdos “Empreendedorismo e inovação”, “Gamificação em equipes” e “Prototipando minha ideia”.

A novidade do Bootcamp Low Code deste ano é a inclusão de alunos e professores das Escolas do Futuro de Goiás, alcançando um número maior de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social e econômica.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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