Estudo americano afirma que aspirina pode reduzir internação por Covid-19

Um estudo americano publicado na revista “Anesthesia & Analgesia” afirma que o uso de pequenas quantidades de aspirina pode ser um fator determinante para evitar as internações e manter os pacientes da Covid-19 fora das Unidades Tratamento Intensivo.

Um medicamento comum no mercado farmacêutico, a aspirina poderia evitar pequenos coágulos no sangue. O preço do medicamento nos Estados Unidos é de apenas alguns centavos, e pode ser uma alternativa barata para o combate da mortalidade.

O famoso “AAS” é usado por pessoas com problemas cardíacos para evitar os coágulos nas veias e artérias. Normalmente estes pacientes usam aspirina infantil. Uma das consequências mais comuns aos pacientes que foram infectados com o novo coronavírus é o desenvolvimento de trombose, mesmo que em pequenos vasos.

A pesquisa, feita pela George Washington University, analisou 412 pacientes hospitalizados entre março e julho de 2020. Um quarto dos observados recebeu a aspirina nas primeiras 24h de internação, ou antes de entrarem na unidade. Outros três quartos do grupo não tomaram o remédio.

O resultado da observação associou o uso de aspirina a uma redução de 44% na ventilação mecânica, de 43% de internação na UTI e a um declínio de 47% na mortalidade hospitalar.

Para corroborar ainda mais com a possiblidade do tratamento ser efetivo, outro estudo publicado na revista PLOS One analisou 30 mil veteranos americanos com Covid-19 e descobriu que os que tinham hábito de tomar aspirina tinham o risco de morte reduzido à metade.

Mesmo assim, os cientistas alertaram que as pessoas tenham cuidado porque mais testes ainda devem ser feitos pela equipe. Outro estudo que está sendo desenvolvido no Reino Unido também é aguardado para confirmar as suspeitas sobre a eficácia do remédio.

Imagem: dcJohn/Flickr

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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