Estudo aponta alta taxa de obesidade em escolas de Campinas: o que está por trás?

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Resultado inicial de pesquisa aponta taxa de obesidade ‘alarmante’ em alunos de
12 escolas de Campinas

Um estudo em andamento está investigando os hábitos alimentares de crianças e adolescentes para entender os possíveis fatores por trás do alarmante índice de obesidade encontrado nas escolas municipais de Campinas.

Os números preliminares de uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) indicam que 36% dos estudantes de doze escolas da cidade estão com sobrepeso ou obesidade. A professora Cinthia Cazarin, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), responsável pelo estudo, considera os resultados preocupantes e sugere que eles podem estar ligados ao sedentarismo ou à alimentação inadequada.

O objetivo principal da pesquisa é analisar os hábitos alimentares e coletar dados antropométricos, como peso, altura e circunferências corporais, de alunos com idades entre 6 e 15 anos em 40 escolas. A intenção é identificar os principais fatores que contribuem para o excesso de peso e propor políticas públicas que incentivem uma alimentação mais saudável.

A pesquisa em parceria com as secretarias municipais de Educação e de Saúde, bem como com a Ceasa Campinas, visa a traçar estratégias eficazes para promover a saúde e prevenir a obesidade infantil na rede pública de ensino. Os primeiros resultados indicam que a taxa de sobrepeso e obesidade entre os alunos é de aproximadamente 36%, podendo ser resultado do sedentarismo ou de uma dieta inadequada.

Apesar de ainda não ter sido concluída a análise do consumo alimentar dos estudantes, os dados preliminares sugerem um padrão de comportamento alimentar preocupante para a saúde dos alunos, incluindo o consumo frequente de alimentos processados e de rápida preparação em casa, bem como uma resistência à alimentação oferecida nas escolas.

A pesquisa, iniciada no final de 2024, prevê a avaliação de cerca de 20 mil estudantes em três anos, com resultados da primeira fase esperados para julho de 2025. Com a autorização dos pais e o consentimento das crianças, os pesquisadores estão buscando encontrar formas de incentivar uma alimentação saudável nas escolas municipais de Campinas, que seguem as diretrizes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), com cardápios balanceados e voltados para a saúde infantil.

É essencial conscientizar sobre os riscos da obesidade infantil e adotar medidas preventivas eficazes para combater esse problema de saúde pública. Com a pesquisa em andamento, espera-se que sejam identificadas oportunidades de melhorias nos hábitos alimentares dos alunos e que estratégias mais eficazes sejam implementadas para garantir uma vida saudável para as crianças e adolescentes da região de Campinas.

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