Estudo aponta eliminação do câncer de mama inicial sem quimioterapia

Outubro Rosa: diagnóstico precoce é o melhor tratamento, dizem especialistas

Um novo estudo liderado pela empresa hispano-americana de pesquisa em oncologia Médica Scientia Innovation Research (MEDSIR) aponta que o câncer de mama em estágio inicial pode ser eliminado sem quimioterapia. 

 

A pesquisa foi divulgada durante o primeiro dia da reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) realizada em Chicago. O evento é um dos maiores encontros do setor, reunindo cerca de 40 mil profissionais. 

 

O câncer de mama é um dos mais comuns no Brasil, depois do de pele não melanoma, aponta o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A doença também é a mais frequente entre as mulheres de todo o mundo.

 

Pesquisa

 

365 pacientes maiores de 18 anos com câncer de mama HER2 + operável em estágio inicial, de dois a três, foram examinadas entre junho de 2017 a abril de 2019. Este subtipo agressivo tradicionalmente requer quimioterapia como tratamento padrão.

 

Divididos em grupos A e B, os pacientes receberam diferentes estímulos durante o tratamento da doença. O grupo A recebeu uma combinação de quimioterapia combinada com os medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe, enquanto o tratamento do grupo B foi adaptativo, projeto para contornar a quimioterapia com base no progresso individual. 

 

Após seis ciclos de tratamento, os pacientes do grupo A foram submetidos a cirurgia, enquanto os pacientes B o fizeram após oito ciclos.

 

Resultado

 

Liderado pelos médicos Javier Cortes, Antonio Llombart-Cuassc e José Peréz, o estudo teve como objetivo avaliar tanto a porcentagem de pCR na mama e na axila no momento da cirurgia naqueles que responderam bem ao PET Scan, quanto a sobrevida livre da doença após três anos.

 

Em 2021, o The Lancet relatou que 37,9% dos pacientes do grupo B que responderam ao tratamento alcançaram uma resposta patológica completa. Durante a conferência, foi revelado o segundo critério segundo critério, as taxas de sobrevivência.

 

No grupo B, como enfatizou Cortés durante a apresentação, foram incluídos tanto os pacientes que eventualmente receberam quimioterapia quanto os que conseguiram continuar sem. 

 

Os dados apontam que 95,4% dos pacientes (255) desse grupo não tiveram recidiva três anos depois, e entre os que conseguiram evitar a quimio ao longo do estudo, quase 30%, esse percentual subiu para quase 99%.

 

O tratamento típico combina quimio, trastuzumabe e pertuzumabe. Porém os resultados promissores obtidos apenas com os dois últimos fármacos questionam agora a obrigatoriedade do recurso à quimioterapia, técnica mais tóxica e com maiores efeitos secundários. 

 

Os achados, são portanto encorajadores, demonstrando que é certo pacientes com tumores em estágio inicial ou menos avançados, é possível e seguro evitar a quimioterapia sem comprometer o resultado.

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Goiás tem quatro cidades entre as de maior fluxo turístico do Brasil

Levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo (MTur), na quarta-feira, 18, mostrou que Goiás figura com quatro municípios (Caldas Novas, Rio Quente, Goiânia e Pirenópolis) na principal categoria do ranking que mede o fluxo turístico e os empregos gerados pelo setor, em todo o Brasil.

Os destinos turísticos goianos, inclusive, dividem espaço na categoria A com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA) e Gramado (RS).

Mapa do Turismo

A cidade de Pirenópolis voltou a integrar a categoria A do levantamento, feito com base em todos os municípios brasileiros que integram o Mapa do Turismo. Atualmente, Goiás possui 91 municípios cadastrados formalmente no Mapa do Turismo.

Desse total, 40,7% estão distribuídos nas principais categorias, sendo: 4,4% na categoria A; 16,5% na B; 19,8% na C; e 59,3% na categoria D.

“Temos um grande desafio pela frente, que é o de formalizar os profissionais que lidam diretamente com o turismo e que fazem com que pouco mais da metade dos nossos destinos figurem na categoria D. Mesmo assim, temos que celebrar os avanços conquistados pelos demais municípios, que estão galgando melhorias neste quesito e estão ampliando a participação da receita local com o turismo. Ver Pirenópolis alcançado a principal categoria é motivo de muita alegria”, declara o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Os índices de fluxo de turistas e de empregos formais gerados utilizados no mapeamento do Ministério do Turismo foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e correspondem ao período de 2021.

Com base neste levantamento, os quatro municípios goianos que integram a principal categoria disponibilizavam na época 276 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), que geraram mais de 6 mil empregos diretos e contribuíram com os cofres públicos ao arrecadarem mais de R$11 milhões em impostos.

“Estamos diante de dados econômicos e de formalidade do setor que refletem o ano de 2021, ou seja, ainda dentro da pandemia. Nossa expectativa é que esse cenário seja redesenhado nos próximos levantamentos do Ministério do Turismo, pois vamos retratar um novo cenário, pós-pandêmico, onde o turismo goiano tem avançado a passos largos, acumulando recordes na formalização dos profissionais do setor, e de fluxo de turistas nos nossos destinos”, avalia o presidente da Goiás Turismo.

Um dado relevante da pesquisa é que Rio Quente, com apenas três estabelecimentos hoteleiros registrados foi responsável por arrecadar sozinha R$ 5,1 milhões em tributos e gerar quase dois mil empregos formais.

“Uma cidade que, em 2022, registrava quase 4 mil habitantes, ter quase 50% dos empregos destinados ao turismo é muito relevante. Juntamente com Caldas Novas, formam a região das Águas Quentes, um dos principais destinos turísticos do Brasil”, avalia Fabrício Amaral.

Em âmbito nacional, a pesquisa mostrou que houve um aumento de 151% no número dos municípios que passaram a integrar a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro, mostrando que em todo o país têm sido registrados avanços no setor.

O mapeamento permite ao poder público identificar pontos que merecem mais atenção para a promoção de políticas públicas, e entender melhor sobre o impacto econômico do segmento turístico em todo o Brasil, principalmente regionalmente.

Formalização do setor turístico em Goiás

Em novembro deste ano, Goiás bateu o recorde de adesão de profissionais no Cadastur, atingindo a marca de 8.200 registros e passando a liderar o ranking de cadastros no Centro-Oeste Brasileiro. O número de prestadores de serviços turísticos que atuam de forma legal no estado passou de 1,280 em 2019 para 8.200 em 2024.

O documento que comprova a legalidade de profissionais e empresas turísticas, garante segurança ao viajante e vantagens aos trabalhadores da área.

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