Segundo estudo realizado com quase 55.000 pacientes, pelo instituto francês Epi-phare, os pacientes tratados com cloroquina ou hidroxicloroquina, especialmente por doenças autoimunes, não foram menos afetados pelas formas graves da COVID-19 durante a pandemia.
O estudo francês publicado nesta terça-feira, afirma ainda que houve “risco maior de hospitalização, intubação e morte devido à COVID-19 entre os pacientes sob antimaláricos sintéticos (APS) a longo prazo na comparação com o restante da população francesa”.
A maioria dos testes clínicos com hidroxicloroquina foram interrompidos no fim de maio, depois que vários estudos apontaram a falta de benefícios ante a COVID-19, como foi o caso do amplo estudo britânico Recovery. “Não sugere que o uso de antimaláricos sintéticos (APS) a longo prazo tenha um papel preventivo quanto ao risco de hospitalização, intubação ou morte relacionada com a COVID-19”, afirmam os autores do Epi-phare.
Embora este trabalho de observação “não permita concluir formalmente na ausência de benefícios” deste tratamento na prevenção de uma forma grave da COVID-19, seus resultados não levam a recomendar o “uso preventivo” da hidroxicloroquina entre a população. Os autores estudaram os casos de pacientes que receberam a prescrição de pelo menos seis tratamentos de hidroxicloroquina ou cloroquina entre 1 de janeiro de 2019 e 15 de fevereiro de 2020.